Fotografia

Projeto lembra a obsessão das pessoas em clicar, em vez de viver o momento

07 • 06 • 2013 às 08:20
Atualizada em 20 • 06 • 2013 às 11:28
Vicente Carvalho
Vicente Carvalho Em busca da terra do nunca.

O fotógrafo Fábio Seixo fez uma série mostrando pessoas no ato de tirar suas fotos, e propõe refletir de que modo o ato de fotografar se tornou mais importante que a vivência do local.

Nunca fotografamos e fomos fotografados tanto quanto agora, a cada dia 300 milhões de fotos são postadas em redes sociais, e grande parte delas para mostrar às pessoas os lugares que estivemos e não necessariamente apreciamos.

O fotógrafo teve a ideia do projeto quando esteve no Museu do Louvre, e viu uma grande quantidade de pessoas se espremendo para fotografar o famoso quadro da Mona Lisa, e percebeu algo maior: a necessidade de se vivenciar, por meio da foto, a experiência do presente. “É uma imagem tão icônica quanto aquela de Che Guevara (feita por Alberto Korda em 1960). Pensei: ‘Nossa, que loucura. Será que as pessoas não conhecem a Mona Lisa?’ Então tive um estalo e vi que elas, na verdade, viajam muito mais para marcar território e dizer que estiveram lá do que para curtir a viagem, reflete.

fotografar-para-esquecer

A foto acima não faz parte do projeto, mas mostra a aglomeração das pessoas ao redor do emblemático quadro. Mas a necessidade de fotografar todos os passos de um evento não se restringe a museus: em shows isso também rola muito. Em vez de curtir o momento, a pessoa assiste tudo pela telinha do celular ou tablet. Ou seja – em nome de captar uma imagem, perde-se a beleza do momento.

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Falando nisso, quem não se lembra da comparação que  circulou na internet da posse do Papa Bento XVI em 2005 (à esquerda) e do Papa Francisco este ano (à direita), que resume um pouco do que mostramos:

posses

[via] e [via]

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