Arte

Fomos conferir a surpreendente exposição sobre o universo de David Bowie

10 • 02 • 2014 às 05:49
Atualizada em 23 • 04 • 2018 às 23:45
Brunella Nunes
Brunella Nunes Jornalista por completo e absoluto amor a causa, Brunella vive em São Paulo, essa cidade louca que é palco de boa parte de suas histórias. Tem paixão e formação em artes, além de se interessar por ciência, tecnologia, sustentabilidade e outras cositas más. Escreve sobre inovação, cultura, viagem, comportamento e o que mais der na telha.

Let’s dance! Put on your red shoes and dance the blues porque o camaleão do rock chegou ao Brasil! Ou, pelo menos, parte dele. O MIS-SP (Museu da Imagem e do Som – São Paulo) colocou em cartaz a surpreendente exposição David Bowie, organizada pelo Victoria and Albert Museum (V&A) de Londres, que teve acesso ao The David Bowie Archive. Prepare-se para uma viagem no tempo, nas artes, na moda, no cinema, na música, na tecnologia, na história e na literatura, porque tudo isso é, de fato, David Bowie.

Nos primeiros passos da exposição multimídia, o visitante já se depara com a música Space Oddity tocando diretamente em seu fone de ouvido, distribuído gratuitamente pelo Museu. O som, que faz trocadilho com o filme Space Odissey, de Kubrick, embala as informações e curiosidades sobre o segundo álbum do artista. O que poucos sabem é que tal single foi editado às pressas e lançado à tempo de Neil Armstrong dar seu primeiro passo na lua, em 1969. A música foi trilha sonora do evento transmitido pela BBC.

E, com fatos como este, se segue a mostra que envolve todo o processo criativo do músico. Uma parte é dedicada a sua carreira no cinema, onde Bowie chegou até a interpretar seu amigo Andy Warhol, no filme Basquiat, de 1996, contando a história do artista de rua, que tinha Warhol como seu mentor.

Um dos itens mais curiosos da mostra certamente é o Verbasizer e como ele funciona. Criado por Bowie e um amigo, o programa de computador o ajuda a elaborar um verdadeiro caleidoscópio de palavras, fazendo com que se formem diversas sentenças para que o astro componha suas músicas de forma única.

Com 47 figurinos expostos, dá pra entender um pouco de como se formava o camaleão do rock. Todas as fases de Bowie incluem novidade, a formação de personas e os mais diversos temas que compõem suas músicas, como o vício em cocaína, assumido no álbum Station to Station. Videoclipes, shows ao vivo, fotografias e manuscritos dão dimensão do quanto ele é incrível. Você não precisa ser fã de Bowie para reconhecer seu talento; ele está ali, exposto, vivo, e surpreende.

Ao longo da mostra, você percebe que mesmo no passado, Bowie sempre foi o futuro, um homem à frente de seu tempo. Ousado, inovador, criativo e altamente provocador, permaneceu por muito tempo afirmando que era gay, a fim de causar burburinho na mídia, que já o tachava dessa maneira por conta de suas vestimentas femininas na década de 70. Aliás, tudo isso parece tão pequeno diante da grandeza do artista.

No final de tudo, é fácil perceber que “existe música velha, existe música nova e existe David Bowie”. Veja as fotos:

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Vai lá:

David Bowie

De 31 de janeiro até 20 de abril de 2014

Local: Museu da Imagem e do Som – MIS SP

Avenida Europa, 158 – Jd. Europa

Para mais informações, acesse.

fotos por Gil Vicente, gentilmente cedidas pelo MIS para o Hypeness.

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