Viagem

10 paraísos nos quais você pode morar sem pagar nada

25 • 06 • 2014 às 07:58
Atualizada em 25 • 06 • 2014 às 09:05
João Diogo Correia
João Diogo Correia É português, viveu no Brasil, Itália e Espanha. Fez a melhor viagem da sua vida pela África e agora está de volta a Portugal. Há mais de três anos, começou a trabalhar remotamente, a partir de casa ou em qualquer lugar com wi-fi, e por isso agradece todos os dias à internet.

A história não é nova – você cansou da rotina, o trabalho não o completa, passa a semana sonhando com o fim de semana e as únicas coisas capazes de fazer seu coração saltar uma batida são as imagens dos lugares que você sonha conhecer. A boa notícia é: você não está sozinho nessa.

A maioria das pessoas que gostaria de viajar por mais do que uma semana durante as férias usa como argumento a falta de dinheiro para não poder ficar mais tempo. Afinal, se você não for nômade digital (e temos mostrado aqui vários casos de pessoas que fizeram a sua profissão através da internet) fica difícil pagar quartos de hostel, comida ou viagens entre países e cidades. Então e se, em vez de dinheiro, você pudesse pagar tudo isso com a força do seu trabalho e o gênio do seu talento?

Esse é o conceito do Work Exchange (“intercâmbio de trabalho”, em tradução livre) – viagens e experiências irrepetíveis durante semanas, meses ou anos, para quem não é milionário, mas gosta de botar o pé na estrada. Não é o mesmo que viajar em low budget nem é o mesmo que trabalhar no exterior. É trocar as suas competências por comida e por um lugar a que possa chamar de casa, mesmo que seja a milhares de quilómetros da sua.

Poderíamos fazer uma lista das vantagens de fazer Work Exchange pelo menos uma vez na vida, mas ficamo-nos por estas: é inclusivo, já que existem ofertas para quem quer construir casas, para quem quer ensinar inglês, para quem gosta de jardinagem ou mesmo para quem se interessa pela criação de borboletas; é econômico, por motivos óbvios; é educativo, porque garante que os voluntários contatem realmente com a cultura local, já que vivem com uma família ou com os proprietários da fazenda, organização ou empresa em que trabalham;  te faz sentir em casa, porque, na maioria dos casos, os voluntários têm quartos na casa dos hóspedes e são convidados a compartilhar as refeições com eles; e está em todo o lado, bastando uma pesquisa mais profunda para encontrar oportunidades de Work Exchange em qualquer lugar do mundo.

Como se tudo isso não bastasse, algumas das ofertas são em lugares e países paradisíacos. Apresentamos 10 dessas ofertas, mas já vamos avisando – poderíamos ficar o dia inteiro nisso.

1. Ajudar num hostel no Equador

Mesmo em frente à praia de Las Tunas, o Vieja Mar tem 6 bungalows (entre dormitórios e quartos privados) e oferece estadia e alimentação para um voluntário que se disponha a ajudar em todas as tarefas do negócio, que inclui os quartos, mas também tours pela região para ver diferentes espécies animais. Perto de Puerto Lopez, é possível avistar baleias, diversas espécies de aves, fazer snorkeling, mergulho, caminhadas, surf ou equitação. Além das capacidades de organização que tudo isso exige, o voluntário deve ser alguém relaxado e tranquilo, disposto a aproveitar o que de melhor a vida na praia tem para oferecer.

Conheça mais sobre essa proposta aqui.

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2. Chef para um campo de safaris na Tanzânia

A Tanzânia é conhecida, entre outras coisas, pela beleza e diversidade de sua vida selvagem e esta é uma oportunidade única de estar próximo desse ambiente sem pagar nada por isso. Basta ter algum talento para a cozinha. No Lake Chala Safari Camp, Kilimanjaro, Tanzânia, você encontrará um staff desejoso de aprender e elevar os padrões deste acampamento, que organiza safaris e acomoda visitantes de todo o mundo.

O acampamento está situado em 800 hectares de mato cerrado – mais em comunhão com a natureza era impossível. Saiba mais (e candidate-se) aqui.

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3. Ajudar num hotel de casas na árvore ecológicas na floresta na República Dominicana

São 19 casas na árvore e eco-lodges, geridas por uma família local, que tem como objetivo final desenvolver a economia local por meio do turismo. Na floresta, perto de Samana, o voluntário deverá colocar em prática suas capacidades fotográficas, de vídeo e de marketing online. A Dominican Tree House Village é pequena, mas garante ter um projeto extraordinário. Só precisa de um empurrão para o fazer acontecer.

O voluntário deve também ser uma pessoa com capacidade de adaptação e de relacionamento, para ajudar a treinar o staff local. Se você é apaixonado por natureza, fotografia, vídeo e marketing, precisa seguir este link.

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4. Trabalhar em um hostel junto a um parque nacional de elefantes na África do Sul

Work Exchange permite uma infinidade de possibilidades, mas uma das mais comuns é ajudar no trabalho de um hotel ou hostel, que tem facilidade em alojar e ajudar com a alimentação dos voluntários. No Addo Backpackers, pede-se que os voluntários trabalhem na recepção aos hóspedes e na interação com eles, além de pequenas tarefas de bar e cozinha. No espaço exterior, está um jardim que deve ser cuidado e que pode também exigir algum trabalho de construção. Além disso, o Addo faz trabalho comunitário em creches das redondezas onde você também é convidado a participar.

 No tempo que sobrar, você vai ter oportunidade de ver de perto uma das espécies que constituem os “Big Five”, o elefante africano.

Para contatar os responsáveis e conhecer melhor a oferta, clique aqui.

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5. Ajudar num centro de mergulho no Panamá

Esse é mais um daqueles casos em que ser poliglota pode fazer a diferença. Para ser voluntário no PADI Dive Resort, em Santa Catalina, Panamá, é preciso falar inglês e espanhol, sendo que o alemão é fator diferenciador.

Apesar de se tratar de um centro de mergulho, você não precisa saber do negócio, pelo menos antes. O que é exigido ao voluntário é que aprenda as bases do mergulho, compreenda e conheça o lugar e o Coiba’s National Park, para que possa ajudar os visitantes que queiram experimentar mergulhar nas águas límpidas da região. É também exigido que o voluntário tenha disponibilidade para, pelo menos, 3 meses de estadia.

Se quiser saber mais sobre essa oportunidade, é só seguir o link.

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7. Ajudar numa comunidade rural nos Estados Unidos da América

A Shash Dine’ Eco-Retreat é uma fazenda familiar em que todos estão trabalhando arduamente para a tornar sustentável. A quinta fica numa zona rural e tranquila, em Navajo Nation, uma região semi-autônoma que ocupa partes dos estados de Utah, Arizona e Novo México. Além da quinta, a organização gere um Bed & Breakfast.

Os interessados poderão ajudar em trabalhos de construção, entre currais e fornos de barro, jardinagem, limpeza geral da propriedade, trabalhos com o B&B ou cuidar dos animais. E são vários – a propriedade cuida de ovelhas, cabras, pássaros, cavalos, burros e cães.

Em troca do seu trabalho, eles prometem uma estadia tranquila num lugar conhecido pela hospitalidade. Clique aqui para saber mais.

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8. Ensinar inglês para o staff de um resort na Tailândia

Língua universal, o domínio do inglês é cada vez mais importante e responsável por abrir muitas portas. Neste caso, a proposta é viver num lugar em frente à praia em Krabi, no sul da Tailândia, um daqueles lugares cujas águas nem parecem reais. O resort de 4 estrelas fica na praia de Tubkaek e ainda é um segredo bem guardado desse país que atrai cada vez mais visitantes, além de ser um paraíso para os amantes da natureza e da boa comida (quem não é?).

O Anyavee Tubkaek Beach Resort está precisando de um voluntário para outubro de 2014, com a única condição de que fale bem inglês (não basta apenas dar um jeito). A ideia é melhorar o atendimento aos clientes, aumentando a qualificação do staff. A forma de ensinar não precisa de ser a tradicional “professor falando, aluno escutando”, ficando ao seu cargo criar formas interativas e práticas de aprendizado.

Para saber mais, clique aqui.

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9. Fazer parte e conviver com uma tribo de Beduínos no deserto da Jordânia

Para quem procura uma experiência culturalmente impactante, este é o lugar ideal. Gerido por um membro de uma tribo com séculos de história, a Al-Zalabih Bedouin, te permitirá tomar contato com uma cultura e tradições completamente distintas das que conhecemos. Os Beduínos são maioritariamente nômades, pastores de camelos, ovelhas ou cabras, que migram para o deserto durante a época das chuvas do inverno e voltam para suas terras cultivadas no verão.

Mas o que se pede no Wadi Rum Village é bem diferente: voluntários talentosos ao computador, que possam ajudar a construir o site e a trabalhar em marketing online para a empresa turística gerida pelo proprietário. No final do dia, você pode deixar o mundo virtual e aproveitar a tranquilidade do deserto.

Para saber mais ou contatar o responsável, clique aqui.

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10. Ajudar a criar macacos e a cuidar de animais selvagens numa quinta sustentável na Costa Rica

Na The Moneky Farm a ideia é criar um modelo revolucionário para ajudar a cuidar de macacos e outros animais selvagens, lutando também pela preservação das espécies e espalhando a palavra pelo mundo afora.

As tarefas do voluntário são várias, entre cozinhar, ajudar nas tarefas de permacultura, soldagem, de construção sustentável, como os banheiros de compostagem ou as cercas elétricas, cuidar dos animais, alimentá-los, e até fabricar queijos. Tudo isso num lugar bem próximo à natureza e com uma energia contagiante.

Para saber mais, clique aqui.

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Todas as fotos gentilmente cedidas pelos responsáveis, em exclusivo para o Nômades Digitais.

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