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Glastonbury é um dos maiores e mais antigos festivais de música do mundo. Para você ter uma ideia, o primeiro Glastonbury aconteceu um ano depois de Woodstock, exatamente um dia depois da morte do Jimi Hendrix. Todo verão, durante a última semana de junho, a Worthy Farm, (perto de Somerset, a 2-3hrs de Londres) recebe uma população de mais de 200 mil pessoas de todas as partes do Reino Unido. A fazenda literalmente se transforma numa cidade!
Este ano, as portas se abriram na quarta-feira, 25 de junho. Depois de enfrentar a fila desde a madrugada (!), a primeira coisa que fizemos foi encontrar um lugar bacana pra acampar. Sim, é esse tipo de festival: roots mesmo! Primeira dica valiosa para quem quiser ir a Glastonbury um dia: chegue cedo. Senão, você corre o risco de ter que acampar em Deus-me-livre, longe de tudo e todos. Nós madrugamos e valeu a pena: nos instalamos no melhor camping, pertinho do Pyramid Stage, o palco principal do festival.
Glastonbury tem mais de 100 palcos, o que significa que é fisicamente impossível ver tudo. Eu tinha alguns artistas favoritos em mente (Hello, Jack White, The Black Keys), então estudei a programação e fiz um planinho genial: Jack White, Blondie, Arcade Fire, The Black Keys, Lana Del Rey, Kasabian, MGMT, Pixies, De La Soul, Interpol, Foster the People e Robert Plant (sim, rolou Led Zeppelin! Inclusive mandei mensagens pra minha mãe, fazendo ciuminho). São tantos artistas em um lugar só, que fica difícil decidir. Tive momentos de pura dor: não consegui ver o Kaiser Chiefs, por exemplo, nem o Fatboy Slim. #ChoreiLágrimas
Mas olha, mesmo aceitando que você não vai conseguir ver tudo, só de saber que as possibilidades existem, já é muito legal. Entre um show e outro, nos momentos de intervalo, eu amava os performers que surgiam completamente do nada, na sua frente. Você está pegando uma bebida num bar ou na fila pro banheiro quando de repente: Ninjas! Pulando por todos os lados! 10 minutos depois: Trolls! Segurando plaquinhas que diziam “Hug a Troll” (Abrace um troll). Isso sem falar no caminhão dos animais de pelúcia do Banksy, que andava pra cima e pra baixo pelo festival, fazendo campanha contra o mau trato aos animais. Ah, sim, porque também não posso esquecer desse detalhe: Glastonbury é super ecológico. A presença da Wateraid, da Oxfam e do Greenpeace são constantes.
E depois tem a lama, ah… a lama. Ela é famosa e é permanente. Glastonbury não é Coachella, galera! Na Inglaterra chove praticamente todos os dias. A minha segunda dica valiosa para os Glastonbury Virgins seria a mesma que me deram antes de eu ir: leve galochas. Não adianta levar botinha fofa ou All Stars de cano alto. Tem que ser galocha mesmo! Caso contrário, você vai escorregar e afundar. Veja bem: muita gente se joga na lama por opção. Para alguns, faz parte da tradição. Eu ri, tirei foto, achei o máximo, participei de tudo que pude, mas essa parte eu preferi assistir de longe mesmo. (E dei graças a Deus pelas minhas galochas. God bless them!).
À noite, quando os shows terminam, começam as after-parties. Uma delas é a Shangri-La. Shangri-La é uma instalação enorme, no formato de uma cidade fictícia que foi destruída por um apocalipse. É dividida em 3 arenas: Heaven, Hell e Purgatory. Dentro dessas arenas tem o Block 9 que é um cenário de cidade bombardeada, o UnfairGround , que é uma espécie de parque de diversões, versão tenebrosa e o The Common, que é um templo Maia, escondido por trás de uma cachoeira artificial. Imagina uma releitura bizarra, torta e insana da Disney produzida pelo David Lynch? Shangri-La é isso! E a música sempre bombando, do Drum n’ Bass ao Stevie Wonder.
A melhor alternativa à Shangri-La é a Arcadia, que é uma espaço-nave gigante em forma de uma aranha, feita de partes recicladas de aviões. No centro da aranha tem uma cúpula, onde os DJs tocam. Ela se move, cospe fogo e faz um show de luzes seguindo a batida da música. E a multidão lá embaixo delira!
Mas gente, chega de conversa. You talk the talk, but do you walk the walk? Deixa eu mostrar o que vi por lá:
Thank you, Glastonbury! See you next year!
Quem quiser saber mais sobre o festival, clique aqui.
*Joana Faria é ilustradora e mora na Inglaterra. Confira seu trabalho em www.joanafaria.com
Mais detalhes sobre Glastonbury no blog: joanafaria.wordpress.com
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