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Seios grandes, corpos esculturais e, apesar dos superpoderes, sempre dependentes de heróis. As grandes personagens dos quadrinhos, em sua maioria, são moldadas em padrões que as colocam como objetos à disposição do homem – tanto autor como leitor. Este é o espaço em que as mulheres têm sido mantidas , há décadas, no universo dos quadrinhos.
Para buscar mudar isso, 21 autoras de quadrinhos foram convidadas a refletir sobre a mulher nesse meio e a desenharem seus próprios corpos, em ilustrações ou em tirinhas, da forma como os enxergam, afastando-se o máximo possível dos moldes machistas mencionados. O resultado (incrível, diga-se de passagem!) você vê abaixo:
1. Nicole J Georges – “É desafiador fazer parte de uma indústria em que ainda é novidade ter cartunistas mulheres… Todo mundo merece ser representado na mídia que consome.”
2. Katie Green – “Os quadrinhos têm sido o meio perfeito para capturar um desconforto que é real mas que não é visível para os outros… Faz parte de um processo emocional de aceitação do meu corpo, que passa por uma perfeição imaginária e sobrevive a abusos.”
3. Danica Novgorodoff – “Eu quero ver retratos de mulheres pintados de forma não gratuita, não objetificada e de forma honesta… eu acho importante ver nos quadrinhos mulheres que não são comodities ou objetos sexuais, mas seres humanos completas com seus próprios desejos, vontades e amor.”
4. Ariel Schrag – “O que me incomoda sobre os corpos das mulheres que vejo nos quadrinhos é que eles parecem tão distantes da própria mulher. Sua função primária é ser mostrada para o leitor… Isso é errado não só do ponto de vista ‘isso é sexista’, mas da própria história.”
5. Vanessa Davis – “Quando você desenha, você tem que esquecer como o objeto desenhado deve ser e apenas se concentrar em como você o vê. E enxergar a fundo, estudar um rosto, um corpo, faz com que você o aprecie, com que você goste dele.”
6. Lucy Knisley – “Nós precisamos de corpos femininos em nossas estórias, fazendo sexo, menstruando, comendo e fazendo tudo aquilo que nossos corpos fazem para que nossos corpos sejam normalizados e se façam presentes – assim, os garotos não vão crescer pensando que as mulheres são nojentas, ou vadias, ou porcas ou qualquer outra descrição horrível.”
7. Liana Finck – “Eu amo qualquer desculpa para olhar para corpos nus em um contexto não sexual.”
8. Jennifer Camper – “É desafiador ser qualquer tipo de mulher neste mundo, e é desafiador ser qualquer tipo de cartunista… As mulheres precisam criar quadrinhos ou a nossa realidade será apagada, ignorada ou distorcida.”
9. Hope Larson – “Quando você deixa de ser uma garotinha de 21 anos, pronta para qualquer oportunidade que surgir e se torna uma profissional ranzinza de 31 anos com várias opções, ser mulher não é exatamente lucro. Eu sinto que tenho que provar minhas habilidades a todo momento como escritora e artista e que eu tenho que lutar mais que os homens artistas e escritores para ser levada a sério.”
10. Miriam Katin – “Eu apenas aceitei o fato de que sempre que há o desejo de desenhar uma mulher nua e a arte é boa, há espaço para isso.”
11. C. Tyler – “Você está perguntando para uma mulher de meia idade se uma indústria, que tradicionalmente desenvolve o comportamento de jovens brancos do sexo masculino, apresentou algum desafio para ela durante os 40 anos em que produz quadrinhos. Por onde começo?”
12. Liz Prince – “Eu comecei a me desenhar quando eu tinha 16 ou 17 anos. Eu sentia um real poder em ser honesta e pura no papel.”
13. Jessica Abel – “A voz das mulheres, da comunidade LGBT e a voz das pessoas negras precisam estar em toda forma de arte se quisermos explorar as verdadeiras possibilidades da arte. Diversidade é força.”
14. Ellen Forney – “Eu queria mostrar meus humores bipolares de uma forma visceral – para mim e para o leitor – então desenhei-me cheia de curvas, realista, cartunizada, abstrata, em tinta, em lápis, polida, em rascunho… Internalizando e externalizando meus sentimentos nos retratos, de forma que, quando eu finalmente consegui captá-los, foi realmente chocante.”
15. Lauren Weinstein – “Eu estou tentando desenhar as pessoas de uma forma humana, basicamente sem sentimentos e que reflita o tom das minhas estórias. Eu acho difícil desenhar pessoas “bonitas”. Eu gosto das imperfeições.”
16. Mary Fleener – “As imagens que vejo em quadrinhos de super heróis são fetichistas, cruéis e nem um pouco sexy… Eu me sinto empoderada ao desenhar mulheres em meu trabalho porque eu as desenho exatamente como elas são.”
17. Erika Moen – “Quando eu desenho nudez, na maior parte das vezes, eu tento seguir o comum, nada de extraordinário.”
18. Lucy Bellwood – “No seu melhor, estórias autobiográficas permitem explorar a empatia pelos outros e até mesmo aprender algo novo sobre nós mesmos. Se isso facilita que autoras jovens falem abertamente sobre suas vidas (sexual e geral), ótimo. Se isso abre uma janela para o diálogo sobre a experiência feminina em um contexto majoritariamente branco e masculino? Também ótimo.”
19 – Megan Kelso – “Nos meus primeiros quadrinhos, as personagens mulheres eram idealizadas e fofas – elas se pareciam com aquilo que eu gostaria de ser.”
20. Roberta Gregory – “Eu gosto de me divertir com imagens tradicionais do que é “bonito” e “feminino” para a nossa cultura… Eu acho que muitas mulheres se vêem de forma ambígua.”
21. A.K. Summers – “São tão poucas as oportunidades para vermos cenas de sexo não heterossexuais e focadas na mulheres… Como lésbica, eu sei como é o sentimento de ser a única, ou de não conseguir imaginar uma vida sexual – porque você nunca viu algo assim.”
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