Sustentabilidade

Empresa cria anticoncepcional injetável que custa apenas US$ 1 e pode mudar a vida de pessoas carentes

19 • 11 • 2014 às 07:23
Atualizada em 19 • 11 • 2014 às 07:37
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Se em países desenvolvidos os métodos anticoncepcionais às vezes falham, imagine como é para as mulheres da África subsaariana, em que a pobreza e a falta de instrução impedem que se tenha um planejamento familiar. Com foco nessa questão, a Gates Foundation e a empresa farmacêutica Pfizer desenvolveram uma injeção anticoncepcional que é de fácil aplicação, tem um efeito de 3 meses e custa apenas US$ 1.

Chamada de Sayana Press, a injeção possui uma agulha menor que a comum e pode ser aplicada no braço sem a necessidade de acompanhamento por um profissional de saúde. Por ser uma dose única e já pronta para ser usada, a injeção evita problemas com erro de dosagem, mau uso ou risco de infecções devido ao compartilhamento de agulhas. A tecnologia, conhecida como Uniject, já foi utilizada na Indonésia para vacinar moradores de regiões mais pobres contra a hepatite B.

A Sayana Press estará disponível para mulheres dos 69 países mais pobres do mundo. Um deles é Burkina Faso, em que a média de filhos por mulher chega a seis, embora saiba-se que quase um quarto das mulheres  de lá gostaria de ter mais controle sobre a gravidez, podendo planejar melhor a estrutura familiar. Na África, o uso de anticoncepcionais dobrou na última década, mas ainda assim chega a apenas 26% da população feminina. Agentes de saúde serão treinados em todos esses países pra ensinar sobre o uso da injeção.

Para a secretária de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, Justine Greening, país parceiro na distribuição do Sayana Press, o acesso a métodos seguros de planejamento familiar é direito básico. “Sem a habilidade de escolherem por si mesmas quando ter filhos e quantos ter, as mulheres perdem a chance de participar ativamente em suas economias e sociedade“, explica.

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Todas as fotos © Path

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