Sustentabilidade

Canabidiol, substância medicinal presente na maconha, é liberado pela Anvisa

15 • 01 • 2015 às 11:36 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Para o alívio das centenas de adultos e crianças que sofrem com doenças como a epilepsia, o Canabidiol, ou CBD, presente na maconha, foi liberado para uso terapêutico no Brasil. Em anúncio realizado ontem (14), a Anvisa colocou a substância na lista C1 de medicamentos, o que quer dizer que ela pode ser prescrita por médicos em receitas de duas vias, como centenas de outros medicamentos controlados.

A mudança foi feita meses depois que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o CREMESP, divulgou uma nota autorizando a prescrição de medicamentos baseados em CBD – saiba mais aqui. A substância não apresenta o mesmo princípio do THC, não causando efeitos psicoativos ou dependência. “Não há coerência em manter o CBD proscrito, pois essa substância não causa os efeitos psicoativos do THC, como amnésia e síndrome de abstinência“, explicou Jaime Oliveira, diretor-presidente da Anvisa.

Na prática e em curto prazo, a decisão não altera muito, já que a importação dos medicamentos à base de CBD continuam em caráter de exceção. De acordo com a Anvisa, um laboratório estrangeiro já teria entrado em contato para importar a substância, mas o registro não tem prazo para ser aprovado. Segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo, a produção de medicamentos com CBD é viável, mas resta saber se há mercado e viabilidade econômica para isso. Desde o ano passado, a Anvisa recebeu 374 pedidos para a importação do medicamento, dos quais 336 foram atendidos. Cada ampola de CBD importada dos EUA tem um custo de US$ 450 para cada 10g do óleo, um preço que não é nada viável para famílias de baixa renda.

A decisão da Anvisa é relevante no sentido de quebrar o estigma da substância e abrir caminhos para facilitar a comercialização do CBD no país. As propriedades terapêuticas da maconha têm sido amplamente debatidas, já que podem contribuir para o tratamento em diversas doenças neurológicas, como é possível ver no documentário Ilegal, que traz a história de Anny, uma garotinha de 5 anos que sofre de epilepsia e que precisa do CBD para evitar crises – clique aqui para saber mais.

Entrevista com Jaime Oliveira

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Fotos © Huffington Post/Reprodução YouTube

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