Empreendedorismo

Empresa reforma casas em comunidades carentes cobrando no máximo 5 mil reais

12 • 01 • 2015 às 06:51
Atualizada em 12 • 01 • 2015 às 09:25
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Para nos sentirmos bem, ter uma casa limpa e bonita é fundamental. Contudo, para moradores de comunidades carentes, manter o lar em ordem nem sempre é uma tarefa fácil. O alto custo de reformas e a falta de mão de obra qualificada na região dão origem às famosas reformas “picadas“, que quase sempre ficam pela metade e dificilmente resolvem o problema.

Estima-se que, no Brasil, de 12 a 16 milhões de moradias populares precisem de reformas. Não se trata apenas de uma questão estética, mas de resolver problemas de infiltração, substituir portas e janelas velhas e colocar piso no banheiro, uma condição que é básica, no entanto, nem sempre acessível a todos. Para facilitar a reforma nessas casas, o administrador Fernando Assad, o arquiteto Igiano Lima e o historiador Marcelo Coelho criaram a empresa social Programa Vivenda, que tem como objetivo reformar habitações em comunidades carentes por um preço baixo e parcelado, usando mão de obra qualificada e acompanhamento de arquitetos e em até 5 dias a partir da aprovação do projeto.

A Vivenda quer resolver a questão da inadequação de moradias da população de baixa renda, que causa problemas de insalubridade e compromete a saúde de idosos e crianças“, disse Assad ao Projeto Draft. A empresa vende “kits” de reforma, que resolvem problemas básicos de moradia, como a falta de pisos e azulejos, problemas de ventilação e umidade. O Projeto Vivenda teve início, na prática, em maio de 2014 e, em sete meses, conseguiu reformar 72 residências. O escritório da empresa atualmente está instalado no Jardim Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo (SP), um complexo que tem três favelas e cerca de nove mil casas.

Inspirador, o Projeto Vivenda é chamado de “negócio social” pois vende o produto a um preço acessível, tendo uma margem de lucro baixa e um objetivo social. “O negócio social costuma ter uma margem muito pequena de lucro para que tenha um preço que a pessoa possa pagar. Ou você opera em escala ou morre, especialmente quando você vende para o cliente final, que é nosso caso“, explica o administrador, que já fechou parceria com uma rede do varejo de materiais de construção, para que a Vivenda coloque escritórios de venda da reforma dentro das lojas localizadas em comunidades.

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Todas as fotos © Programa Vivenda

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