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Nos últimos dois dias, São Paulo foi palco para uma grande conferência sobre um assunto ainda muito intrigante: impressão 3D. O evento, chamado Inside 3D Printing 2015, aconteceu no World Trade Center, reunindo diversos expositores e palestrantes que falaram e mostraram os usos desta tecnologia tão inovadora.
Mais de 30 stands mostravam os diferenciais e vantagens de seus produtos, mas o propósito era o mesmo: expandir a produção de itens fabricados com a nova ferramenta. As possibilidades são inúmeras, já que é possível fabricar qualquer coisa com o aparelho, atualmente muito utilizado para protótipos, como peças de carro, jóias, partes do corpo humano, sapatos, itens de decoração e muitos outros objetos.
O consultor Maurício Alves, da empresa paranaense 3D Cloner, nos contou que diversas universidades já estão utilizando as impressoras para avançar o ensino em cursos como medicina, arquitetura e engenharia mecânica. “Acredito que vamos avançar para o uso doméstico. As empresas já estão apostando nessa tendência, de olho em novas oportunidades”, explicou. O modelo mais básico, chamado ST, custa 6.500 reais, enquanto o maior, DH +, chega a mais de 8.500 reais. Já um cartucho colorido custa em torno de 200.
Para utilizar uma impressora 3D é preciso ter em mãos um software específico que irá criar o desenho exato, em formato STL, e desenvolver o arquivo, em código G, que divide o projeto em fatias, fazendo com que o polímero execute a tarefa de maneira mais fácil. O tempo de execução do produto varia de acordo com a qualidade do mesmo. No caso do Yoda abaixo, foram três horas e meia, com acabamento simples.
Mas há no mercado outra opção para formar o design do objeto desejado: o scanner 3D. A fabricante Artec expôs dois modelos, o Spider, para produtos menores e mais detalhados, e o Eva, para grandes projetos, como por exemplo, um sofá. No caso, o cliente usa o aparelho portátil para, de fato, escanear e digitalizar a figura desejada, capturando até 7,5 frames 3D por segundo, fundidos em tempo real. Os dispositivos custam entre 30 e 34 mil dólares.
No caso da empresa Stratasys, focada em manufatura direta de protótipos funcionais, utilizam-se as impressoras Polijet, compatíveis com mais de mil tipos de material, ágeis e capazes de entregar as produções com acabamento perfeito; FDM, para peças de produção de baixo volume; ZCorp, a mais barata de todas, muito utilizada por arquitetos para criar maquetes com resina e gesso; além de DMLS, que produz peças em metal, titânio e aço. O estande estava recheado com os mais diversos objetos criados, como chave de carro, um coração anatômico e um capacete de futebol americano.
Os painéis também foram muito importantes para aumentar nosso conhecimento. Na programação, Thiago Branquinho, diretor da Bioiniciativa e co-fundador da DeltaThinkers, empresa de desenvolvimento de impressoras 3D, deu exemplos bacanas do uso da ferramenta durante a palestra A impressora 3D como ferramenta para a sustentabilidade. “Você reduz os investimentos em segurança quando cria uma sociedade mais justa. Aplicada à moradia, tem um pessoal na China que já está imprimindo casas, o que é muito positivo. Em relação a resíduos sólidos, é realmente um problema porque sai mais barato comprar uma coisa nova do que realmente consertá-la. Com domínio das máquinas, a reparabilidade das coisas será muito maior. Teremos condições de fazer reparos nós mesmos. A produção de carros, baseada no Upcycling, poderá ser feita através de resíduos”, argumentou.
Outro fator interessante é que a impressão 3D também está invadindo e inovando o campo das artes. O designer Marcelo Pasqua, que cria peças de arte neste formato há três anos, nos explicou como: “conheço poucas pessoas que fazem isso. Eu trabalhava manualmente, e quando veio essa impressora, pensei que fosse o momento de materializar os meus trabalhos digitais. Estou indo num caminho que evolui a minha arte”. Ele ainda contou que a máquina é um investimento, você gasta com ela mas existe um retorno pelo seu trabalho concluído. Quem ainda não possui recursos para comprar ou alugar uma, Pasqua indica os FabLabs, pontos de encontro tecnológicos para estudantes, entusiastas e empresas.
Na terça-feira (10), ainda houve outros debates como o do professor do ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica – Anderson Vicente Borille, que falou sobre o mercado, mencionando processos de manufatura aditiva, responsável por popularizar o equipamento, mostrando as oportunidades ainda existentes nesta área e o poder empreendedor que a impressora 3D traz à tona.
Não dá pra deixar de pensar em tudo o que vai acontecer com a ascensão de um equipamento como este, a ser utilizado em todas as áreas da nossa vida.
Todas as fotos © Brunella Nunes
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