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No último sábado (25) e domingo (26) rolou a terceira edição do Festival Path, um circuito interessante de palestras e workshops, focados em inovação, empreendedorismo, comunicação e cultura, que, além disso, sediou shows, feira gastronômica e exibição de filmes. Sim, tudo ao mesmo tempo, num circuito dentro do eixo do Instituto Tomie Ohtake.
O evento contou com 5 mil pessoas num circuito de 150 palestras e 17 atividades simultâneas, o que nos enlouqueceu na hora de escolher o que fazer e onde ir, porque a programação realmente estava com bastante tema legal. Entre eles, o “Círculos de confiança: como cultivar comunidades digitais transformadoras?“, com Guilherme Valadares, co-fundador do espaço de transformação coletiva olugar e fundador do site Papo de Homem.
Neste caso, foram abordados assuntos como a formação de comunidades sólidas, que transitam entre o mundo virtual e o digital, e a gestão das mesmas. Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi o termo “caseiro“, que talvez seja uma nova tendência para o mercado. Este seria o responsável por zelar, de fato, pelo bom funcionamento da comunidade. “Ele cultiva o espaço e passa por nove grandes inteligências, que vou pontuar para a gente entender de onde precisamos partir para cultivar”, explicou Valadares. Capacidade de produzir conteúdo que seja útil e favoreça o crescimento do espaço, capacidade de diálogo e capacidade de lidar com conflitos e com dinheiro são alguns dos itens fundamentais que um caseiro precisa para gerir comunidades da melhor maneira.
Os assuntos das palestras foram infinitos: o analista de sistemas do Google, Keith Matsumoto, falou sobre dados na internet, ao mesmo tempo que o designer Marcelo Rosenbaum falava sobre design essencial e tendências futuras; idealizador da WiseWaste, Guilherme Brammer, falou sobre economia circular, uma nova prática que reavalia o consumo aliado às questões ambientais; e muitos outros palestrantes experientes no que fazem ganharam a atenção do público e deram voz aos seus projetos que estão relacionados com a coletividade.
No domingo, assistimos ao painel “Cinco Tendências de Comunicação Digital que Você Precisa Conhecer”. Entre elas, destacamos humanidades digitais, que visa propagar um conteúdo além do engajamento do público, focando em gerar valor e agregar conhecimento; mobilidade, visto que empresas terão que criar cada vez mais soluções para dispositivos móveis e estarem inseridas neste meio; self commodification, transformação da própria imagem, da cultura do “selfie”, em commodity, cada vez mais presente na internet, que torna o ordinário em espetáculo através da construção de imagens resultantes em mercadoria; e living well, focada na valorização do bem-estar coletivo, da espiritualidade e relação mais afetiva com o emocional.
Depois de absorver os conhecimentos passados por cinco mulheres à frente do nosso tempo, fomos até a sala O Panda Criativo para ouvir sobre “Tecnologia x Cidadania – Até Onde Podemos Chegar?”. Entre os convidados, Gustavo Maia, criador da plataforma Colab.re, um aplicativo focado em políticas públicas que conta com a colaboração e participação dos cidadãos, falou sobre sua trajetória até chegar ao status de “melhor aplicativo urbano do mundo”, segundo a New Cities Foundation. O app alcançou 65 Prefeituras em 12 meses, tornando-se um canal oficial entre governo e moradores. “Queremos que o poder público tenha como base a participação popular. A gente é uma ferramenta do cidadão e Curitiba foi a primeira cidade a aderir”, contou.
Rodrigo de Luna, do Instituto Cidade Democrática, falou sobre a participação social baseado num mapeamento da participação social no Brasil, perguntando o que é importante para fortalecer a democracia. “Temos muito problemas, mas também muita capacidade para resolve-los. Temos uma democracia que está em processo de consolidação, com vários problemas, mas isso está sendo discutido, amadurecido e a sociedade está acordando”, pontuou. E ele continua: “não falta governo, falta sociedade. Falar cada vez mais mal dos políticos não vai resolver. Precisamos fortalecer demanda, ter mais clareza, cobrar, saber em quem votou, para melhorar a representação”.
Resumindo os dois dias de conhecimento, foi um festival que prezou, muito mais do que focar em empresas, pela transformação, ocupação urbana, engajamento, inovação, criatividade e formação de coletivos, itens que são tendência e já estão acontecendo no Brasil e no mundo. A sociedade, as empresas e as redes estão mudando sua maneira de pensar e agir, e isso foi muito bem amarrado em todos os painéis apresentados.
Na praça dos Omaguás, pequenas apresentações musicais embalavam o público faminto, que se deliciava com os food trucks. Outros shows aconteciam no antigo Estúdio Emme, logo ao lado, e alguns workshops foram sediados no Museu A Casa, também ao lado do Instituto Tomie Ohtake, que focou mais nas palestras e exibição de filmes. O resultado foi que saímos de lá com aprendizado e noção de vários projetos bacanas que estão sendo implementados para transformar e melhorar nossa vida em sociedade. É uma mudança de dentro para fora e os brasileiros estão chegando lá.
Todas as fotos © Brunella Nunes e Festival Path
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