Inspiração

A história do homem que há 15 anos vive sem dinheiro

06 • 07 • 2015 às 08:03
Atualizada em 07 • 01 • 2016 às 09:16
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

No ano 2000, Daniel Shellabarger tinha 39 anos e trabalhava como cozinheiro no estado de Utah, nos Estados Unidos. Cristão praticante, desde criança ele se perguntava como seria viver sem dinheiro, como fazia Jesus. Em um momento de coragem, ele pegou todo o dinheiro que tinha (cerca de US$ 30) e deixou em uma cabine telefônica aleatória, queimou sua carteira de motorista e seu passaporte, pegou algumas roupas e foi viver como um nômade, sem um centavo na carteira. E assim vive até hoje, 15 anos depois.

Sob o nome de Daniel Suelo (“Solo”, em espanhol), o rapaz já passou por diversas comunidades alternativas, acampou no deserto e foi convidado para dormir na casa de pessoas desconhecidas. Mas no meio de todas essas andanças, ele tem uma casa: trata-se de uma pequena caverna no deserto de Moab, em Utah, que ele considera sua “base”. Para se alimentar, Suelo usa plantas selvagens, vasculha o lixo e usa a carne de animais atropelados nas estradas. Ele não pede esmolas ou se beneficia de ajuda governamental e só trabalha em troca de comida, roupas ou higiene. “A Natureza Selvagem, fora da sociedade de consumo, funciona através da economia da dádiva (de graça recebestes, de graça dai)”, afirma ele em um blog que mantém.

Uma das únicas estruturas governamentais de que se beneficia são as bibliotecas públicas, onde Suelo aproveita para ler, atualizar seu blog e trocar emails com amigos e familiares. Em sua autobiografia, intitulada “The Man Who Quit Money” (O Homem que Demitiu o Dinheiro, em tradução livre), Suelo conta toda a sua história e motivações. Mas se você pensa que ele foi pago pelo trabalho, engana-se. Ele recusou o pagamento pelo trabalho e pediu que cópias do livro fossem distribuídas gratuitamente. “Quando eu vivia com dinheiro, eu estava sempre sentindo falta de algo. O dinheiro representa essa falta. O dinheiro representa coisas do passado (dúvidas) e coisas do futuro (créditos), mas o dinheiro nunca representa o presente. Nós precisamos de muito pouco para viver e não nos damos conta disso“, afirma.

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Fotos via Daniel Suelo

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Fotos © The Denver Post

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Fotos © Stephanie Summerfield

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