Inovação

Cientistas desenvolvem chip biosensor que analisa a saúde do organismo em tempo real

22 • 07 • 2015 às 07:47
Atualizada em 22 • 07 • 2015 às 09:49
Bruna Rasmussen
Bruna Rasmussen Bruna escreve para a internet desde 2008 e tem paixão por consumir informação e descobrir coisas. Adora gatos, inovação e é curitibana – fala “duas vinas”, mas dá “bom dia” no elevador.

Quando se fala em tecnologia, são os smartphones, jetpacks e hologramas em que pensamos. Mas a verdade é que os chips e inventos vão muito além do entretenimento, sendo usados também para tornar a nossa vida mais saudável e, principalmente, mais longa. É o caso deste pequeno chip, que ao ser implantado debaixo da pele, consegue monitorar em tempo real dados como o colesterol, a glicose e a presença de determinados medicamentos.

Desenvolvido pela Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), este chip biosensor fornece muito mais precisão do que um simples exame de sangue, em que os dados são medidos de forma pontual. “Este é o primeiro chip do mundo capaz de medir não só o pH e a temperatura, mas também moléculas relacionadas ao metabolismo, como glicose e colesterol, além de medicamentos“, afirmou Sandro Carrara, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.

O chip é composto por três partes principais: 1. um circuito com seis sensores, 2. uma unidade que analisa os dados recebidos e 3. um transmissor Bluetooth, capaz de enviar as informações diretamente para o celular do paciente. Ao ser colocado sob a pele, o chip deixa à mostra um pequeno receptor, por meio do qual é possível encaixar uma bateria externa que provê energia para o chip. “Saber com precisão e em tempo real o efeito de medicamentos no organismo é uma das chaves para termos o tipo de medicina personalizada e precisa pela qual tanto buscamos“, disse Carrara.

O projeto já foi testado em ratos e obteve sucesso ao monitorar os níveis de glicose e de paracetamol dos roedores sem o uso de fios. Por se tratar de uma tecnologia minimamente invasiva, estima-se que os testes em humanos possam ter início em no máximo cinco anos. 

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Todas as imagens © EPFL

Via PhysOrg

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