Arte

Fomos até a mostra gratuita em SP que exibe obras de Cândido Portinari

13 • 07 • 2015 às 08:20
Atualizada em 10 • 07 • 2018 às 10:11
Brunella Nunes
Brunella Nunes Jornalista por completo e absoluto amor a causa, Brunella vive em São Paulo, essa cidade louca que é palco de boa parte de suas histórias. Tem paixão e formação em artes, além de se interessar por ciência, tecnologia, sustentabilidade e outras cositas más. Escreve sobre inovação, cultura, viagem, comportamento e o que mais der na telha.

Em exposição individual e gratuita, o renomado artista brasileiro Cândido Portinari é foco na Galeria Almeida e Dale, em São Paulo, que exibe pinturas elaboradas entre 1931 e 1944, período no qual o artista se consagrou com o maior do país. Em “Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira”, 35 telas emblemáticas se espalham pelo salão, revelando por quê o artista teve papel decisivo e tão importante dentro do Modernismo brasileiro.

A escolha da temática gira em torno do XXXVIII Salão de Belas-Artes, em 1931, no Rio de Janeiro, e a Exposição de Arte Moderna, de 1944, em Belo Horizonte, dois acontecimentos marcantes no país e ainda mais para Portinari. Na primeira ocasião, tinha acabado de chegar da Europa ao receber o convite para integrar a mostra na capital carioca, ao lado de outros grandes nomes da arte como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros.

Foi durante este evento e após o Salão Revolucionário de 1931 que chamou a atenção do escritor e crítico Mário de Andrade, tornando-se amigo dele e a partir de então Portinari passou a focar em seus personagens principais: os brasileiros. As telas, como O Flautista e Domingo no Morro (1934 e 1935), reúnem a simplicidade que aqui se encontra, seja no futebol, na pipa, na favela ou nas praias, elementos retratados por meio de seu olhar e talento únicos.

Já em 1944, durante a última grande mostra modernista brasileira, em Belo Horizonte, polemizou com o quadro O Olho, conhecido como O Galo, que traz uma estética diferenciada, dividiu opiniões na imprensa e pode ser vista de perto na galeria Almeida e Dale. As obras, incluindo as icônicas Flora e Fauna Brasileira (1934), Floresta (1942), que integram a exposição paulistana provêm de colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza, e de instituições como a Coleção Roberto Marinho.

Exaltando a cultura brasileira, contrapõe seus traços no que o país tem de melhor e de pior, aliando estética e denúncia de problemas cotidianos alastrados até os dias de hoje, como a seca. Tais elementos inovadores de suas obras o consolidam como um dos maiores artistas de todos os tempos e patrimônio nacional.

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Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira @ Galeria Almeida  e Dale | Até 15.08.2015

R. Caconde, 152 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01425-011 Tel.: (11) 3887-7130 Segunda a sexta, 10h às 18h; sábado, 10h às 14h Grátis.

Todas as fotos © Brunella Nunes

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