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Uma das minhas primeiras surpresas ao começar a escrever essa pauta foi o número de pessoas interessadas em participar e contar um pouco sobre suas histórias de vida. Apesar de ter muitos amigos que largaram aqueles trabalhos que não os faziam felizes, tentei buscar outras fontes para compor essa matéria, evitando que todos os depoimentos fossem mais ou menos iguais.
Para começar a busca, publiquei uma chamada no site Ajude um Repórter, que une fontes e jornalistas, e, para minha surpresa, recebi oito contatos de pessoas interessadas em contar sua experiência apenas na primeira hora. Mesmo que a grande maioria fosse de empresas sugerindo clientes que se enquadravam na pauta, o número me surpreendeu. Até hoje, as vezes que utilizei o serviço tinham me retornado, no máximo, uns três contatos por matéria. Isso já era uma evidência de que, além de deixar aqueles trabalhos chatos que não acrescentavam nadas em suas vidas, essas pessoas estavam muito dispostas a falar sobre o assunto.
Pesquisas realizadas pela Box 1824 e que foram ao ar no vídeo All Work and All Play, que foi sucesso na internet lá em 2012, indicam que mais da metade dos Millennials (Geração Y ou seja lá qual termo você preferir) planeja ter seu próprio negócio. Não é por acaso que esses jovens hiperconectados estão dando o que falar no mercado de trabalho: é graças a eles que estamos vendo uma verdadeira revolução no mundo empresarial. Se você ainda não assistiu ao vídeo, faça esse favor à sua vida:
[youtube_sc url=”https://youtu.be/F12DAS-ZNDY”]
Foto: Reprodução Youtube.
Saem as mesas, salas de reuniões e horários bem definidos e entram a liberdade, a criatividade e o trabalho remoto. Você pode estar no banheiro ou em uma praia paradisíaca da Tailândia: desde que esteja conectado à internet, nada impede que seu trabalho seja feito.
E, enquanto muitos gestores de empresas ainda quebram a cabeça para saber como lidar com as pessoas dessa geração, grande parte delas quer mesmo é se ver longe de escritórios e rotinas rígidas. É o caso da Mariana Carvalho que despediu o seu patrão para investir na criação do Trendnotes em parceria com a jornalista Carolina Landi. Hoje elas oferecem consultoria de comunicação e marketing aplicando a metodologia de cool hunting para propor soluções criativas e inovadoras a outras empresas. “Trabalhava em uma grande multinacional, mas não estava satisfeita com o que fazia, queria mudar de área. Com isso, resolvi começar do zero abrindo meu próprio negócio“. E assim foi, sem muito planejamento, com as coisas acontecendo de uma hora para outra. Hoje ela trabalha seis horas por dia, consegue preparar sua própria comida na maioria das vezes e sente que tem muito mais liberdade profissional e de horários.
“Eu sempre gostei de viajar e isso me possibilita estar em lugares diferentes, além de ser importante para meu trabalho, já que faço pesquisa de comportamento, consumo e tendências“, conta. E ela não perde mesmo a oportunidade de conhecer novos lugares enquanto se aperfeiçoa na área: hoje cursa uma pós-graduação em Comunicação de Tendências, na Universidade de Lisboa e exibe o sorriso feliz que a gente vê nas fotos abaixo.
Mariana Carvalho. Fotos: Arquivo pessoal.
Ela não é a única em busca de mais liberdade no dia-a-dia. O Trampos, um dos maiores sites de trabalho na área de criatividade do Brasil, divulgou recentemente uma pesquisa sobre o perfil do freelancer brasileiro, que mostra que 31% das pessoas que optam por trabalhar por conta própria busca exatamente isso. Além da necessidade de se sentir mais livres, a pesquisa também traz outros dados interessantes sobre a escolha desse modelo de trabalho:
45% começaram a freelar para aumentar a renda
35% estavam de olho na flexibilidade
e 29% queriam equilíbrio entre a vida profissional e pessoal
Fotos: Reprodução Tutano.
Mas a vontade de uma vida mais plena não é exclusividade da Geração Y: há 20 anos, Robert Markowitz largou seu bem-sucedido trabalho na área do direito para se tornar um palhaço e, posteriormente, um cantor infantil. É claro que isso só aconteceu depois de duas cirurgias de hérnia e alcançar uma saúde precária quando tinha apenas 33 anos. Sobre a experiência, ele conclui: “Na maior parte do tempo, eu gosto de acordar pela manhã” (você pode conferir um relato completo dele aqui.
Os relatos de quem largou tudo por uma vida mais realizada são muitos: teve quem deixou um emprego mais do que bem pago como jornalista para vender sorvetes em uma ilha do Caribe, quem saiu das agências de publicidade australianas para se tornar um artista freelancer e muitos outros. Mas não são apenas pessoas com contas bancárias recheadas, vindas de países ricos, que têm a chance de mudar de vida.
Noelle Hancock largou tudo para viver em uma ilha paradisíaca do Caribe. Foto: Divulgação.
Um exemplo disso é a história da relações públicas Luísa Alves que, após engravidar da pequena Aurora, hoje com seis meses, percebeu a dificuldade de encontrar informações sobre eventos para grávidas ou famílias com filhos pequenos. Com a ajuda do namorado e pai coruja Daniel Poleto, foi um passo para a criação do Guia Fora da Casinha, um site que reúne essas opções e, através delas, busca aproximar pais e filhos. A ideia começou como um projeto paralelo enquanto ela trabalhava para outra empresa. Mas, logo que voltou da licença-maternidade, ganhou a demissão como presente de boas-vindas e usou isso como uma oportunidade de se dedicar à ideia em tempo integral.
“Percebemos a necessidade desse tipo de site e fomos desenvolvendo juntos. Antes de a Aurora nascer, ele já existia e foi inaugurado logo depois, em julho“, conta ela. “Agora estamos buscando nos dedicar ao site para que renda frutos e tenhamos investidores. Estamos estruturando uma equipe de apoio já que 70% do meu tempo é dedicado à Aurora. E a ideia é essa, estar próxima dela e trabalhando com o que gosto, senão não tem razão de ser“.
Luísa, Daniel e Aurora. Foto: Arquivo pessoal.
Hoje Luísa sente que pode colocar em prática o que aprendeu em anos de trabalho na área de conteúdo para web em um projeto que realmente acredita. “Não postamos evento em shopping por exemplo. Queremos uma audiência consciente do seu papel na formação de crianças legais e mais livres de consumo e artificialidades. Além disso, adultos que não deixem de ter vida social, fazendo programas que sejam legais para os grandões sem ser chatos para crianças“. A sensação, diz ela, é de estar plantando uma pequena sementinha.
A história do Daniel Sayon é bastante similar e prova que uma demissão pode ser o empurrãozinho que faltava para começar uma carreira solo. Formado em marketing e com pós-graduação em gestão de negócios, ele presta serviços de marketing digital para empresas de pequeno e médio porte, atuando como freelancer desde agosto. “Fiquei desempregado devido a crise, sou pai de gêmeos e não posso me dar ao luxo de ficar esperando surgir uma oportunidade, assim resolvi continuar fazendo o que amo e o que faço bem, achei que era hora de criar as minhas próprias oportunidades. Foi um pouco assustador no começo, mas ter quase dez anos de experiência na área me dá coragem para seguir“. Apesar do susto, hoje ele pode fazer seus próprios horários e acredita que a oportunidade de aprender com os clientes é um dos grandes benefícios deste modelo de trabalho.
Foto via
Para outras pessoas, a mudança vem mesmo em forma de viagem – e foi o que aconteceu com Mikael Araújo. Formado em Ciências da Computação, ele andava descontente com o sistema de trabalho tradicional desde que teve suas primeiras experiências com startups e, após uma viagem ao Vale do Silício, em 2012, começou a tomar uma decisão que mudaria sua rotina. No mesmo ano, a unidade da empresa de software em que ele trabalhava fechou e muitos colegas foram demitidos de uma hora para outra. “Não queria passar pela mesma sensação novamente“, conta.
Logo após a experiência ele conheceu o site Nômades Digitais e descobriu que poderia trabalhar de qualquer lugar fazendo o que gostasse e ainda sendo bem remunerado por isso (se você ainda não sabe sobre o que estamos falando, vale a pena conferir o manifesto dos nômades digitais aqui). Mas sentiu que, para se destacar, precisaria ser referência em alguma atividade. Foi assim que começou a estudar marketing digital e fez até mesmo trabalhos de graça para uma empresa de tecnologia, onde pode aprender mais sobre a parte prática e entrar para o mercado.
Quando percebeu que estava apto para trabalhos internacionais, foi convidado pela empresa francesa StarOfService, onde atua hoje como Country Manager para o Brasil. Ainda precisa cumprir uma carga horária mínima, mas faz tudo pela internet. “Tenho muito mais qualidade de vida hoje do que tinha num trabalho tradicional. Eu trabalho bastante, mas com o que gosto“, conta ele, que ressalta que, por ganhar em dólares e não precisar gastar com deslocamento, consegue economizar bastante. “Posso ter a escolha de trabalhar de qualquer lugar. Adoro o meu escritório, minha casa e o Brasil. Mas ter essa possibilidade… é incrível“.
As histórias parecem se cruzar e, embora os motivos para adotar modelos de trabalho mais flexíveis ainda sejam variados, quase todos os que optaram pela ideia relatam uma melhoria na qualidade de vida que dificilmente seria possível de outra maneira.
E, se você sente que também queria estar entre os casos que a gente citou aqui, seja criando seu próprio negócio ou simplesmente encontrando uma maneira mais simples de levar a sua profissão, então a gente só tem uma coisa a dizer: coloque tudo na ponta do lápis, planeje muito bem seus próximos meses (ou anos) e mande embora agora o seu patrão.
A boa notícia? O Eme e a Jaque, criadores do Hypeness, Nômades Digitais e CSV, estão lançando um curso para te ensinar a ser um nômade digital e a trabalhar de qualquer lugar do mundo. Eles seguiram esse caminho, estão felizes com ele e garantem: qualquer pessoa pode chegar lá.
Dá uma olhada no primeiro vídeo do curso e reserve seu lugar aqui:
[youtube_sc url=”https://youtu.be/UiZ0AHDXVbE”]
Qual a sua escolha?
Fotos: Reprodução YouTube
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