Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Se toda dor é individual, intransferível e incomensurável, há um comum acordo a respeito da perda de um filho como sendo a pior de todas as dores – que desafia qualquer lógica, o tempo e nossas expectativas.
Diante da desmesura dessa ausência, o casal Rafaella Biasi e Fabricio Gimenes partiu da própria dor de perder seu filho Miguel, dias antes do parto, para realizar um projeto sobre parte peculiar de tema tão duro: um documentário sobre a perda gestacional, quando o bebê morre antes do parto, e a perda neonatal, quando o bebê morre logo após o parto.
O projeto se chama O Segundo Sol, e reúne o relato de cinco famílias que vivenciaram tais perdas. Como diz o cartaz do filme, são “histórias reais de transformação diante da perda de um filho”. Segundo Rafaella, o documentário procura jogar luz sobre um tema ainda tratado como tabu, pois o acolhimento para esse tipo de luto costuma ser tímido, bruto ou mesmo nulo – como se a vida do neném não tivesse existido, e principalmente, como se a vida das famílias não fosse alterada.
Rafaella perdeu Miguel nos últimos dias de gestação e teve de parir em parto natural um filho sem vida – o que, para ela, ajudou no processo de luto, pois ver e tocar seu filho lhe permitiu que a despedida ganhasse concretude. Depois da perda, a necessidade de falar, escutar, dar voz ao seu luto se fez tremenda – e dessa necessidade nasceu O Segundo Sol.
O filme busca questionar de que maneira não só as pessoas em volta, mas os próprios hospitais e profissionais de saúde tratam as mães e as famílias que vivenciam uma perda gestacional – não separando, por exemplo, essas gestantes de outras mães que sairão do hospital com o filho em seus braços. Além das famílias, uma doula, uma psicóloga, uma psicoterapeuta e um obstetra participam do filme.
O documentário, no entanto, não é feito somente de lamentos. Segundo Rafaella, o aspecto mais forte do filme é a investigação sobre o ponto de virada de cada uma dessas histórias. O X da questão, para ela, é descobrir de onde veio a reviravolta, quando foi que o casal descobriu que ainda havia vida a ser vivida, sublinhando acima de tudo a certeza de que não ter voz, não ter interlocutor, não poder contar a própria história é a medida de uma dor que não possui medida alguma.
Vale a pena assistir a O Segundo Sol, disponível na íntegra no YouTube:
[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=MfErAsoO4fE”]
Para saber mais, acesse o site do projeto O Segundo Sol.
Recentemente o Hypeness mostrou a história de uma mãe que encontrou uma maneira inspiradora de lidar com a morte gestacional de seu filho. Relembre.
Publicidade
Além dos personagens marcantes, dos mundos fantasiosos e dos traços únicos, a comida também é uma característica...
A quarentena provocada pelo coronavírus tem mostrado muitos reflexos de nossa sociedade que nunca havíamos para...
Quando Cathleen Cavin levou sua filha para adotar um gatinho em um abrigo local, em 2014, não imaginava as surpresas...
Não é por acaso que a maioria dos regimes totalitários atacam e muitas vezes destroem as instituições de ensino e...
Poucas pessoas têm um coração tão grande como o de Mohammad Alaa Aljaleel, também conhecido como “O homem dos...
Já pensou no que acontece dentro do seu corpo após uma picada de cobra? Essa pode até não ser uma dúvida...
Quando um cliente encomendou 250 Pokémons de pelúcia e não foi buscá-los, o vendedor David Christopher, de 65...
Um simples bilhete de agradecimento em um guardanapo vem comovendo a internet. Nele, o aposentado Nery dos Santos...
Em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus pelo país, a Prefeitura de São Paulo uniu forças com a Ambev, a...