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Na favela do Zinco, Complexo de São Carlos, na região central do Rio de Janeiro, uma senhora chamada Juraci Nascimento se empenhou durante toda sua vida a apresentar um mundo cheio de cultura para seus vizinhos. Juraci deixava as portas de seu sobrado sempre abertas, onde frequentemente organizava eventos e festas temáticas.
Ela veio a falecer em 2014, mas seu legado serviu de inspiração para que Guilherme Vinicius Roberto criasse, no final do mesmo ano, um projeto social que ganhou o seu nome: a Livreteria Popular Juraci Nascimento.
“Se você vai à sorveteira, lhe é oferecido sorvete; nosso projeto consiste em oferecer o melhor da literatura para quem, muitas vezes, não tem acesso a ela”, explica Guilherme.
A livreteria consiste em um triciclo ao qual foi acoplado um armário de metal com portas, tudo pintado de vermelho. É nele que Guilherme e seus amigos do Morro do Zinco percorrem becos e ruelas oferecendo livros infanto-juvenis para serem emprestados.
A cada semana, o triciclo escolhe uma parada, porque haja fôlego para subir e descer ladeiras carregando livros. “Pensei neste projeto como uma forma de trazer tanto as crianças, quanto os jovens para mais perto do livro. Hoje, em geral, eles não gostam da forma de contato que tem cotidianamente com o livro na escola. Sendo assim, pensei numa outra forma de fazer com que as crianças e jovens não tenham que ir até o livro, mas sim que ele vá até eles”.
A intenção é criar uma associação e planejar espaços físicos onde todos possam desfrutar da magia dos livros sem ter que sair do morro. “Nos espelhamos nas bibliotecas de Medellin, capital da Colômbia, que são espaços maravilhosos dentro das favelas. São modelos que, inclusive, serviram de espelho para as Bibliotecas Parque Estaduais (BPEs), daqui do Rio de Janeiro”.
Para esse primeiro semestre do ano, a ideia da Livreteria é continuar a percorrer as ruas e vielas dos morros emprestando livros, e dar início a duas novas atividades: um Programa de Apoio e Desenvolvimento (PAD), voltado para as crianças, e a Resenha dos Livros, que é um programa de sessões de cineclube voltado para os jovens. “A LPJN tem como premissa trabalhar não apenas com livros, mas também com a oralidade, através de eventos de contação de histórias e com audiovisual, focando em produções relacionadas com a história das favelas”.
Em um país como o Brasil, que conta com uma média de leitura tão baixa – a estatística é de 1,7 livro por ano –, é essencial que iniciativas como essa do Guilherme e do Luan se disseminem cada vez mais.
Todas as fotos © LPNJ
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