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A fronteira entre o que deve se manter íntimo e reservado e o que deve ser compartilhado com todos cada vez mais se dilui nesses tempos das redes sociais como mediadoras de tudo. Junta-se isso ao compulsivo tribunal impulsivo que se tornou o Facebook, no qual qualquer coisa é julgada em um instante, quase sempre sem tempo para observação e reflexão, e o que temos muitas vezes é uma acéfala caça às bruxas.
Recentemente, Heather Whitter publicou uma foto de seu marido, Thomas, com seu filho Fox no colo, em uma ducha. O pequeno havia contraído salmonela e, ardendo em febre, foi posto sob o chuveiro para que sua temperatura diminuísse. Comovida com o momento tão terno e forte, Heather registrou-o em uma foto e a publicou em seu perfil. E então a chuva de críticas começou.
Entre muitos comentários de incentivo e emoção, diversos outros, porém, criticavam Heather por expor sua família e pela sugestão de nudez que a imagem traria. A foto foi banida do Facebook, mas Heather não se conteve. Publicou-a novamente, com um texto explicando o fato, e seu gesto.
É uma questão cheia de camadas e reflexões. Por um lado, de fato as redes sociais acabam nos seduzindo a postar cada passo de nossas vidas, e muitas vezes perdem-se os limites daquilo que é de interesse público, diante do que é de fato somente de nosso interesse privado, e que deve ser mantido assim. Por outro, encontrar sugestões sexuais na imagem em questão beira a perversão, ou indica justamente a parte acéfala do tal tribunal: as pessoas julgam, comentam e condenam grande parte do que veem pelo Facebook sem sequer ler o post.
Basta a manchete de uma notícia ou olhar uma imagem para sacramentar uma condenação. A nudez em redes sociais parece possuir um potencial polêmico que escapa a compreensão – e nos faz andarmos pra trás, como pudicos moralistas que não deveríamos mais ser.
Talvez Heather tenha exposto sua intimidade excessivamente, mas isso não a coloca como ré no tribunal das redes sociais. A imagem é sobretudo bonita e forte, de um momento verdadeiro e difícil. Enxergar qualquer sugestão erótica na imagem é sinal de uma perigosa obsessão que o excesso de opinião pode causar – ou, de uma evidente e sádica falta do que fazer.
Todas as fotos © Heather Whitter
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