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O novo capítulo da história do assédio do cantor Mc Biel contra uma repórter do portal iG parece feito para ilustrar como funciona a cultura machista e desigual nas relações entre gênero no país. Depois de uma licença por alguns dias para se recuperar, o ocorrido ganhou contornos ainda mais absurdos com a notícia de que a repórter foi demitida do portal. Como de costume, pune-se a vítima.
As reações na internet foram imediatas e intensas. Milhares tuitaram ou comentaram nas páginas do portal, mesmo em matérias que não tratavam do assunto, registrando a indignação e a falta de cabimento por, no lugar de oferecer suporte e posicionamento em favor de uma de suas funcionárias, o portal dispensa-la sem maiores explicações.
O fato de antes o portal ter utilizado a história para depois demitir a jornalista foi também criticado.
Nenhuma declaração oficial foi dada nem pelo portal nem pela jornalista, que foi orientada por sua advogada a não falar por enquanto – a notícia veio a público pelas mãos de outro jornalista.
Em nota interna, a empresa afirmou se tratar de “reestruturação normal”.
“A empresa está seniorizando nossa equipe no intuito de melhorar nosso conteúdo próprio. Trata-se de uma reestruturação normal em função dessa necessidade. A repórter continuará recebendo todo o apoio da empresa e dos funcionários no caso”.
Antes a jornalista havia dado uma declaração para o próprio portal iG, explicando o caso.
“Quando ele disse, logo de cara, ‘se eu te pego, te quebro no meio’, já fiquei com o pé atrás. Estranhei o fato de não ter um filtro no que ele dizia, não ter uma certa barreira ou limite na relação entre repórter e entrevistado. A partir do momento que ele falou isso, minha primeira reação foi um choque. Ele trata assim mesmo quem está ali trabalhando com ele, e enquanto ele está trabalhando também?
Estou acostumada a entrevistar famosos e a primeira coisa que pensei foi que aquilo não estava acontecendo. A entrevista terminou, peguei minhas coisas e fui embora. Entrei no táxi e tremia. Aí, comecei a chorar. Lembrei das pessoas da sala que estavam rindo, de tudo que ouvi uma vez, duas vezes, quatro vezes. Quando saí, percebi tudo que aconteceu, e tantas coisas que ouvi em dez minutos e é aí que você percebe o absurdo da situação.”
Ainda que o motivo não fosse uma tentativa de abafar ou se distanciar do assunto, impressiona a falta de cuidado ético e público por um portal tão acessado quanto o iG. Em situações de assédio e abuso como a ocorrida com a jornalista, é fundamental que fique clara a posição da empresa – que infelizmente ficou, no pior dos sentidos.
© fotos: reprodução
Relembre o assédio do Mc contra a reporter do portal iG.
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