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Quando algo tão abominável quanto o recente atentado em Orlando acontece, e quando lemos os discursos de ódio que povoam, por exemplo, as sessões de comentários na internet, temos a impressão de que o mundo não tem mais jeito. Mas certos gestos e esclarecimentos especiais também costumam brotar do horror, nos lembrando como o mundo também é bom – e o quão inteligentes, sensíveis e especiais as pessoas podem ser.
Depois do massacre do último domingo, em que 50 pessoas foram mortas e 53 feridas dentro da boate Pulse, na cidade de Orlando, nos EUA, os americanos responderam em bonita comunhão, com doações de sangue em massa por todo o país.
Uma doação em especial, registrada em um post que rapidamente se tornou viral, causou comoção: a imagem do muçulmano Mahmoud ElAwadi, que vive em Orlando, doando sangue, junto de um belo e sincero relato escrito (tradução livre abaixo).
“Sim, meu nome é Mahmoud, um orgulhoso muçulmano americano.
Sim, eu doei sangue ainda que não possa comer nem beber nada por conta do mês do Ramadã, assim como outras centenas de muçulmanos que doaram sangue hoje aqui em Orlando.
Sim, eu estou furioso com o que aconteceu ontem à noite e por todas as vidas inocentes perdidas.
Sim, estou triste… frustrado e inconformado que um louco que afirma ser muçulmano tenha feito algo tão vergonhoso.
Sim, eu testemunhei a grandeza desse país ao ver milhares de pessoas de pé sob um sol forte esperando sua vez para doar sangue, mesmo depois de serem avisados de que a espera seria de 5 a 7 horas.
Sim, essa é a maior nação do mundo diante de pessoas de diferentes idades, incluindo crianças e veteranos vindo doar água, suco, comida, guarda-chuvas, protetor solar, velhos veteranos vindo doar ao lado de mulheres muçulmanas de hijab carregando comida e água para serem doados, nas filas.
Sim, juntos nós podemos resistir ao ódio, terrorismo, extremismo e racismo. Sim, nosso sangue é igual, então venham doar sangue pois nossos companheiros americanos estão feridos e precisam de sangue.
Sim, nossa comunidade na Flórida Central é com o coração parido, mas vamos colocar nossas cores, religiões, etnias, orientações sexuais e posições políticas de lado para nos UNIRMOS contra os que querem nos machucar.”
O post nos faz lembrar que a pior coisa a se fazer diante de um ato de horror é generalizar todo um grupo por conta de extremistas doentios que eventualmente pertençam ao grupo. Ainda que o Estado Islâmico tenha reivindicado a autoria do ataque, tudo ainda é confuso e indefinido, e tal reivindicação pode se tratar de uma tentativa de capitalizar um evidente crime de ódio, independentemente da filiação ou da suposta religião do autor dos disparos. O próprio pai do assassino rapidamente se pronunciou, evidenciando o discurso homofóbico e doentio de seu filho.
Filas de doadores de sangue em Orlando
A reincidência desse tipo de crime reforça o terrível efeito que discursos de ódio e exclusão contra homossexuais, assim como contra qualquer outra minoria, podem provocar, não só nos EUA como em qualquer lugar do mundo. Da mesma forma, o gesto de Mahmoud nos lembra que, seja você de qualquer religião ou grupo, a empatia e o compromisso com o convívio harmônico e respeito são as únicas forças capazes de nos tirar das trevas, e levar a humanidade a se tornar aquilo que podemos ser.
Mais de 35 mil pessoas doaram sangue nos EUA desde domingo – o maior número desde os atentados de 11 de Setembro, confirmando que o mundo só pode ser melhor em comunhão, sem homofobia, preconceito ou ódio.
© fotos: divulgação/Getty Images
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