Inspiração

10 atletas LGBT que prometem arrasar na Olimpíada do Rio

15 • 07 • 2016 às 10:52
Atualizada em 15 • 07 • 2016 às 11:46
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro estão chegando com algumas polêmicas, mas pelo menos um recorde positivo já está garantido: será a edição com mais atletas abertamente LGBT!

O site Outsports, dedicado justamente a esportistas identificados como LGBT, publicou uma lista com 34 nomes garantidos nos Jogos do Rio que já se declararam gays ou lésbicas. Mas nem sempre foi assim: Greg Louganis, por exemplo, ganhou 4 medalhas de ouro nos Saltos Ornamentais, em Los Angeles (1984) e Seul (1988), mas a pressão externa fez com que ele só saísse do armário depois de se aposentar.

Conheça 10 dos atletas LGBT que competirão no Brasil em agosto!

1. Ian Matos – Saltos Ornamentais – Brasil

ian matos

Um dos melhores saltadores brasileiros, tendo vencido o campeonato nacional em 2013, Ian diz que já ouviu muitas vezes em competições coisas como “Não vou perder para o viadinho”. Calejado, ele devolve as provocações e não se abala mais.

Um amigo do atleta aconselhou que ele esperasse as Olimpíadas passarem para se assumir gay, para não correr risco de perder patrocínios. Ele não seguiu a sugestão, mas conta que outros esportistas têm medo de sair do armário por esse motivo.

2. Larissa França – Vôlei de Praia – Brasil

larissa frança

Vê se o currículo de Larissa tá recheado: ela ganhou sete vezes o Circuito Mundial, duas vezes os Jogos Pan-Americanos e um Campeonato Mundial, além de ter levado a medalha de bronze nas Olimpíadas de Londres, em 2012, tudo ao lado da parceira Larissa.

Lésbica assumida, ela é casada com a também jogadora de vôlei de praia Liliane Maestrini, e chegou a pausar a carreira para tentar engravidar via inseminação artificial, mas sem sucesso. De volta às competições, ela está garantida nas areias cariocas ao lado de Talita Antunes.

3. Mayssa Pessoa – Handebol – Brasil

mayssa pessoa

Goleira da seleção brasileira de handebol, Mayssa assumiu sua bissexualidade há algum tempo, em entrevista a uma revista francesa. Ela foi incentivada pelas companheiras de time, diz se sentir mais leve desde que se revelou e não vê razão para que atletas homo ou bissexuais escondam suas orientações.

4. Nicola Adams – Boxe – Grã-Bretanha

nicola adams

Em 2012, Londres viu a competidora local Nicola Adams se tornar a primeira boxeadora declaradamente bissexual a conquistar uma medalha de ouro olímpica. Apesar de não gostar de comentar detalhes da vida pessoal, ela considera importante falar abertamente sobre a bissexualidade para ajudar pessoas que ainda não se assumiram para todos.

5. Maartje Paumen – Hockey Sobre Grama – Holanda

Maartje Paumen

A holandesa Maartje Paumen é um dos grandes nomes da história da sua modalidade: bicampeã olímpica, com títulos em Pequim-2008 e Londres-2012, ela marcou 14 gols somando as duas participações, o que faz dela a maior artilheira da história dos Jogos.

Uma curiosidade é que sua esposa, Carlien Dirkse van den Heuvel, é também sua companheira de seleção. As duas estão juntas desde 2009 e dividirão mais um grande momento de suas carreiras no Rio de Janeiro.

6. Robbie Manson – Remo – Nova Zelândia

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Robbie Manson sabia desde jovem que se sentia atraído por homens, mas passou bons anos tentando negar para si mesmo. Ele achava que sua orientação sexual poderia atrapalhar ou mesmo impedir sua carreira no esporte. O neozelandês conta que chegava a julgar outros gays como inferiores e se odiava por causa de sua sexualidade.

As coisas começaram a mudar quando seu irmão mais velho saiu do armário. Ainda levou dois anos para que Robbie fizesse o mesmo, sendo aceito por toda sua família e pelos companheiros do remo, dando-lhe mais confiança não só para sua carreira, mas para a vida de forma geral.

7. Caster Semenya – Atletismo – África do Sul

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O talento desta corredora chegou a prejudicar o início de sua carreira: em 2009, por conseguir diminuir seus tempos nas provas de 800 e 1500 metros livres em 8 e 25 segundos, respectivamente, em questão de meses, Semeneya chamou a atenção da Associação Internacional de Federações de Atletismo.

O problema é que ela foi obrigada a fazer testes para comprovar que seu sexo biológico era o feminino. A questão causou polêmica e atrapalhou o desenvolvimento de sua carreira, que só foi retomada no ano seguinte. Ela carregou a bandeira da África do Sul na abertura dos Jogos de Londres, se casou com a namorada Violet Raseboya em 2015 e estará no Brasil para sua segunda Olimpíada.

8. Angel McCoughtry – Basquete – Estados Unidos

Angel McCoughtry

Este é um caso em que a declaração da orientação sexual não foi tão simples: no ano passado, Angel McCoughtry usou o Instragram para desabafar: ela e sua namorada perderam “amigos” e foram ofendidas por parentes após contarem sobre seu relacionamento.

O time de basquete turco onde ela jogava chegou a ameaça-la de demissão caso ela não escrevesse uma carta aberta dizendo que seu namoro com outra mulher era mentira. Como você pode perceber, ela não aceitou, e a carreira vai bem, obrigado: campeã olímpica em 2012, ela vem ao Rio para tentar o bicampeonato.

9. Dutee Chand – Atletismo – Índia

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A corredora indiana Dutee Chand viu seu nome aparecer nos noticiários por um motivo desagradável: seus altos níveis naturais de testosterona levaram à sua exclusão dos Jogos da Commonwealth em 2014. O caso foi levado até a Corte Arbitral do Esporte, que definiu que os níveis do hormônio não podem mais ser considerados o único fator para permitir ou não que uma mulher compita profissionalmente.

10. Helen Richardson-Walsh e Kate Richardson-Walsh – Hóquei Sobre Grama – Grã-Bretanha

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Mais um casal que compete junto, e de novo no Hóquei Sobre Grama: Kate e Helen são parceiras de time há muitos anos, e oficialmente casadas desde 2014. As duas jogam juntas desde 2000, mas só começaram a namorar em 2008.

Kate, que é capitã da seleção, disse que a união não causou muito estranhamento: “O hóquei é muito aberto, todos são aceitos do jeito que são. Diferenças étnicas, religiosas e sexuais são deixadas totalmente de lado no esporte”.

Todas as fotos: Reprodução

[Com informações do Lado Bi]

*O Canal Olímpico Hypeness foi criado para todos aqueles que são adeptos da transformação, da superação e da inclusão. Para os que viram a história sendo escrita a cada nova medalha e para os que esperam por ela. Neste canal o Hypeness vai contar histórias inspiradoras e atletas que fazem a diferença. E você vai perceber que, muito para lá do esporte, este é um evento de celebração da vida.

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