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Quando aceitou participar de um projeto do fotógrafo Arnaldo Belotto que visa o empoderamento feminino, a soldado Lilian Vilas Boas, que faz parte do Corpo de Bombeiros do Paraná, jamais imaginou que receberia uma punição por parte do seu comando.
Poucos dias após o ensaio ser publicado, as fotos da soldado acabaram circulando em grupos de WhatsApp até chegarem a agentes de segurança dos Jogos Olímpicos do Rio. Lá o material foi visto por policiais que levaram o caso à corporação.
A pena, que é de 8 dias de prisão no quartel da corporação e ainda não foi aplicada porque Lilian recorreu da sentença, foi justificada como uma infração ao Regulamento de Ética da Polícia Militar, ao Regime Disciplinar do Exército e ao Código da PM, já que as fotos teriam ferido a honra dos bombeiros (sério mesmo?).
Segundo Arnaldo, a única condição imposta pela soldado ao topar participar do ensaio era de que nenhuma imagem fizesse referência ao seu trabalho no Corpo de Bombeiros. E, mesmo tomando esse cuidado, Lilian foi punida pelas fotos consideradas sensuais, já que parte delas deixava os seios à mostra, fato que foi considerado transgressão média pelo comando do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Paraná, onde Lilian trabalha.
“O objetivo do projeto é o empoderamento feminino, mostrar as mulheres sem tratamento de imagem, do jeito que elas são”, contou o fotógrafo, que teve que ir ao quartal 2 vezes para depor, tendo sido questionado sobre as condições do ensaio, se ele tinha sido pago e se Lilian sabia que as fotos iriam para o ar.
De acordo com Henri Francis, presidente da União dos Praças do Corpo de Bombeiros do Paraná (UPCB), a decisão por parte da corporação é equivocada, já que todo servidor dos bombeiros, mesmo militar, teria o direito constitucional de se manifestar. “No nosso entendimento não houve exposição da instituição”, disse o presidente à Gazeta do Povo.
Já Vanessa Prateano, consultora da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OAB, o caso da soldado Lilian reflete o machismo e a desigualdade de gênero encontrados não somente na PM e no Corpo de Bombeiros, mas em todas as instituições sociais.
Vanessa ainda comenta que as atividades de Lilian fora do seu horário de serviço e dos limites da instituição não dizem respeito à corporação e, portanto, a soldado jamais deveria ser punida por um ensaio fotográfico pessoal. “Ela não cometeu nenhum crime, não ofendeu nem difamou, injuriou ou caluniou ninguém, não expôs os colegas, não se utilizou das dependências da instituição para fazer o ensaio, enfim, tudo o que ela fez estava dentro dos limites da sua esfera privada”, finalizou.
Imagens © Divulgação e Reprodução Facebook
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