Debate

Deputada dá declaração polêmica justificando violência contra a mulher

26 • 07 • 2016 às 09:53
Atualizada em 26 • 07 • 2016 às 10:59
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A deputada federal Keiko Ota (PSB-SP) é vice-presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. No entanto, embora seja mulher e ocupe uma função de quem deve saber o quão injustificável é a violência doméstica, Keiko deu uma declaração bastante polêmica.

Em uma conversa com o Brasil Post e a relatora da comissão, deputada Luizianne Lins (PT-CE), Keiko tentou justificar por que homens agridem mulheres.

De acordo com a matéria, ela teria explicado que está lendo um livro sobre as diferenças entre os gêneros. “Se os dois fazem a mesma função, não dá certo. Briga e leva até a morte”, disse. “A mulher tem uma característica toda arredondada. Pode ver: os seios, o quadril, de envolver. O homem é todo rígido, força, razão, entendeu? Quando eles se casam e a mulher quer fazer o mesmo papel que ele, entra em conflito”.

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Deputada Keiko Ota

Quando questionada sobre qual seria esse papel, Keiko respondeu: “Papel… Tem mulher que levanta a voz e fala, fala. O homem, por natureza, não gosta disso aí. Se não deu certo, cada uma para um canto, não tem que matar. Mas se sair com raiva e ódio, ele vai e mata”, afirmou a deputada.

A declaração da deputada repercutiu na internet: “Engraçado, ela defende penas duras para quem comete crimes contra a vida (motivado pelo o que aconteceu com o filho dela), mas parece não se importar muito com a violência que vitima as mulheres. Ela está em todos os lugares errados: Na comissão (comissão que visa proteger as mulheres), no partido (um partido supostamente socialista) e como mulher mesmo (pensa como uma japonesa servil – sim, a cultura japonesa é extremamente machista e sexista)”, publicou um internauta.

Antes de entrar na política, Keiko Ota teve sua vida marcada por uma grande tragédia. Na manhã de 29 de agosto de 1997, seu filho, o menino Ives Yoshiaki Ota, de apenas oito anos, foi sequestrado em casa e assassinado. Este terrível acontecimento a motivou a militar contra a violência.

Com informações: Brasil Post e Pragmatismo Político

 

*Imagens: Reprodução

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