A falta de estrutura e de torneios para colocar os treinos em prática são fatores que ainda impedem o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Sem competições para adolescentes, o time do Centro Olímpico de São Paulo encarou um torneio masculino, voltou com o troféu e história para contar.
A Copa Moleque Travesso é um torneio tradicional do futebol juvenil em São Paulo. Com idade limite de 13 anos, reuniu na última edição oito times, sendo um formado por meninas. E não é que elas representaram em campo, levantaram a taça e tiraram do sério algumas pessoas que não lidaram bem com a ideia de ver garotas vencendo garotos no futebol?
Foto: Edson Pirata
A trajetória no campeonato já começou com dificuldades: dos sete times participantes, seis aceitaram a inscrição da equipe do Centro Olímpico, mas um se opôs. Mesmo assim, a participação foi confirmada, e o destino fez com que a grande decisão fosse justamente contra quem se opôs à entrada das meninas na competição.

Em entrevista ao jornalista Felipe Pereira, do UOL, Lucas Piccinato, o treinador do Centro Olímpico, contou que sete adolescentes com 14 anos foram inscritas na Copa, com aval dos adversários, que depois usaram o fato como desculpa para a derrota.

Segundo ele, os pais dos garotos que perderam para as meninas não aceitaram a derrota. Usaram as meninas mais velhas e o cuidado dos meninos para com as adversárias como desculpa para o resultado. Vale a pena ler a matéria completa para ver como ainda há homens que resistem a abrir algumas portas para as mulheres. Mas não tem problema: elas derrubam!

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