Pai, travesti, arquiteta e professora: conheça Canela Grandi

É possível mudar, apesar de tantos comprometimentos, tantos rótulos, tantos nomes e definições que atravessamos ao longo da vida? Essa é a primeira pergunta que nos faz a arquiteta Canela Grandi, em sua apresentação no TEDx Talks, em Rosário, na Argentina. Canela, além de arquiteta, é professora, transexual, e pai.

Ela garante que é possível, em nome da própria felicidade – e sua própria história é o melhor exemplo. Segundo ela, até sua arquitetura se transformou depois de sua mudança, tornando-se mais amável, solta, curvilínea e suave – mais feminina, portanto. Uma arquitetura, segundo ela, que celebra a vida. Canela manteve-se no gênero masculino até já adulta.

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Canela e sua família

A mudança pela qual a própria arquiteta passou é a metáfora utilizada para sugerir que a cidade de Rosário, assim como toda a Argentina – e, lógica e consequentemente, o mundo – pode mudar sua arquitetura. No lugar de uma arquitetura depredadora, árida, consumindo energia em excesso e poluindo a paisagem e o mundo, uma arquitetura mais orgânica, ligada e integrada à natureza, que parte da paisagem para existir, ao invés de destruí-la.

Para mudar, é preciso questionar – a si mesma, aos contratos sociais, ao que realmente importa na vida, seja na arquitetura, seja em sua própria noção de identidade. Soma-se isso ao amor, ao carinho e à aceitação e, em ambos os casos, segundo Canela, a mudança se torna possível.

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