Em maio deste ano, o filme Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, levou a política brasileira às telas do mundo, após realizar um protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff durante o festival de Cannes. A atitude contou com o apoio de diversos artistas de renome e chamou a atenção da mídia internacional. Agora, o filme acaba de receber a classificação de “não recomendado para menores de 18 anos” pelo Ministério da Justiça.
A classificação teria sido graças às “cenas de sexo complexo” presentes no longa, o que não foi confirmado pela direção. Na página do filme no Facebook, a equipe comenta a censura, atribuída a questões políticas.
Um dos comentários na publicação é de uma pessoa que alegadamente faz parte da equipe de classificação indicativa do Ministério da Justiça e diz estar ansiosa para ver o filme, mas lembra que as indicações etárias são baseadas em um guia para classificação indicativa, que está disponível online.

Segundo o guia, sexo complexo seriam cenas de “Sexo com incesto (apresentação de cenas de sexo ou relações erótico-afetivas entre parentes de primeiro grau ou correlatos, como pai, mãe, irmão, padrasto, enteado etc.), sexo grupal, fetiches violentos e pornografia em geral.“. O exemplo oferecido seria o de um casal que participa de sadomasoquismo.
A distribuidora da produção, a Vitrine Filmes, recorreu da decisão do Ministério da Justiça, mas não foi atendida. O filme deve estrear no país no dia 1º de setembro – sendo exibido antes nesta sexta-feira, 26, durante o Festival de Gramado. “Respeitamos a decisão do Ministério, mas discordamos dela“, comentou a equipe da distribuidora através do Facebook.
Enquanto a estreia não chega, resta ver o trailer da produção, que já está entre as mais polêmicas dos últimos anos:
Foto destaque: Divulgação
Atualizado 02/09: A página do Facebook da produção anunciou nesta quinta-feira, 1, que a classificação indicativa do filme havia mudado para “não recomendado para 16 anos”.