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A manutenção de certos preconceitos e algumas desigualdades pode se dar em toda parte, até mesmo na escalação de um elenco para uma novela. “Yellow Face” é como é conhecida a prática de se escalar atores ocidentais (normalmente caracterizados de maneira estereotipada e rasteira) para interpretarem personagens orientais. E para a novela “Sol Nascente”, a Rede Globo escalou como protagonistas do núcleo “oriental” o ator Luís Melo e a atriz Giovanna Antonelli.
O ator Luís Melo saiu em defesa da Globo, minimizando o problema e deslocando-o para os olhos de quem o vê. “Se você percebe o que é arte, você vai entender, não precisa discutir, ter esse tipo de policiamento. Então quer dizer que o ator de Recife não pode fazer um personagem mineiro? Não é um problema que está na coisa, está nas próprias pessoas. Eles não estão querendo questionar absolutamente nada. Porque na verdade, se eles realmente são artistas, eles sabem o que é uma ficção”, afirmou. Ele próprio, porém, admitiu que lhe causou estranheza ser chamado para o papel.
O ator Carlos Takeshi, em participação na novela ‘Haja Coração’ inspirada no japonês da federal
Já o ator Carlos Takeshi, descendente de japoneses, pensa diferente. “Adoro Luis Melo. Adoro Giovana Antonelli. Odeio discriminação. Odeio preconceito. Por que trocaram Ken Kaneko? Oriental não pode ser protagonista? Vivem me pedindo para forçar sotaque e quando o ator tem sotaque naturalmente é descartado para um papel de destaque? Vão ter que explicar muito bem. Eu não engulo a mestiçagem que criaram para o personagem”, ele postou. Ken Kaneko é o ator que originalmente viveria o personagem que acabou oferecido a Luís Melo, segundo Kaneko, sem maiores explicações.
O ator Ken Kaneko no filme “Corações Sujos”
Para além de qualquer intenção, assim como o “black face”, que costumava pintar o rosto de atores brancos para viverem personagens negros nos primórdios do cinema e nos antigos espetáculos de teatro, o “Yellow face” tende a reafirmaa estereótipos como na prática sublinha a desigualdade de oportunidades que é causa e efeito desse jogo excludente.
A polêmica é compreensível, afinal, além de raramente bons personagens serem criados para atores fora dos padrões determinados pela emissora (normalmente restritas à papeis pequenos e, no caso dos orientais, sublinhando certas caricaturas, como personagens que falam português errado), quando eventualmente os papeis são perfeitamente adequados para tal mudança, eles são oferecidos para os mesmos artistas de sempre – devidamente dentro dos padrões. A novela “Sol Nascente” estreia no dia 29.
© fotos: divulgação/Facebook
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