Hedwig Eva Maria Kiesler, ou Hedy Lamar, como ficou conhecida mundo à fora, ficou famosa não só por ser uma das mulheres mais bonitas da história do cinema, mas também por seu espírito revolucionário, dentro e fora das telas. Com apenas 19 anos, estreou Êxtase, sob direção de Gustav Machatý.
O filme, revolucionário para a época, foi o primeiro a abordar a infidelidade cometida por uma mulher e a mostrar nu frontal, mas tornou-se polêmico por outro motivo. Era a primeira vez que a sétima arte mostrava o rosto de uma atriz durante o orgasmo. Causou tanto rebuliço na época que chegou a ser condenado pelo Papa Pio XI, além de ser censurado em inúmeros países.
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Na época, Hedy era casada com um rico empresário do ramo das armas, Friedrich Mandl, que tentou, em vão, comprar todas as cópias do filme para destruí-las. Friedrich foi o primeiro de seis maridos que Hedy teve ao longo da vida. Contam as más línguas que sua relação com ele poderia ser comparada a uma prisão, já que o marido a trancava em casa por dias, além de a proibir de atuar em vários trabalhos.


Mas Hedy, sempre a frente do seu tempo, aproveitou a “oportunidade” para estudar engenharia, tornando-se cientista e inventora. Se hoje temos Wi-Fi, é graças a ela que, usando os princípios de notas musicais no piano, criou um sofisticado aparelho que causava interferência em rádios para despistar radares nazistas. Junto com seu parceiro de invenções, o pianista George Antheil, patenteou o projeto em 1940. Seu “frequency hopping” ajudou a criar bases para tecnologias de rede sem fio e móveis, como Bluetooth, GPS e Wi-Fi. Que mulher!

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