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A polonesa Natalia Partyka e a australiana Melissa Tapper, do tênis de mesa, e a iraniana Zahra Nemati, do arco e flecha, passaram mais tempo no Rio de Janeiro que a grande maioria dos outros atletas. Isso porque as três conseguiram se classificar tanto para a Olimpíada quanto para a Paralimpíada, e elas não foram as primeiras.
O esporte paralímpico ganhou força após a II Guerra Mundial, em um período em que o esporte foi usado como incentivo para os sobreviventes dos conflitos que tiveram membros amputados. Os Jogos Paralímpicos tiveram a primeira edição em 1960, mas, desde muito antes, atletas com deficiências físicas já participavam das competições.
Os Jogos de St. Louis-1904 viram o ginasta George Eyser ganhar seis medalhas em um mesmo dia, incluindo três ouros e duas pratas. O grande detalhe estava por baixo da calça que ele usava para competir: quando criança, George perdeu a perna ao ser atropelado por um trem. Por isso, competia usando uma prótese feita de madeira.
Quando tinha oito anos, o húngaro Oliver Halassy foi atropelado e teve parte da perna esquerda amputada. Isso não o impediu de ter uma carreira muito bem sucedida no Pólo Aquático, ganhando duas medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos de 1928, 1932 e 1936. Ele jogou todas as partidas e marcou um total de 20 gols. Oliver também participou das provas de natação e chegou a ser campeão europeu nos 1500 metros livres em 1931.
Em 1944, quando tinha 23 anos, a dinamarquesa Lis Hartel perdeu os movimentos dos joelhos para baixo por causa da poliomielite. Mesmo assim, continuou praticando equitação. Nos Jogos de Helsinki, em 1952, ela se tornou uma das primeiras mulheres aceitas na competição com os homens e fez bonito: mesmo precisando de ajuda para montar e desmontar, voltou para casa com uma medalha de prata.
Nascida na Nova Zelândia, Neroli Fairhall foi a primeira pessoa a participar tanto dos Jogos Olímpicos quanto dos Paralímpicos. Paralisada da cintura para baixo por causa de um acidente de moto, a arqueira participou das Paralimpíadas de 1972, 1980, 1988, e 2000. Em Los Angeles, 1984, ela competiu no arco e flecha sentada em sua cadeira de rodas.
A italiana Paola Fantato foi acometida pela poliomielite quando tinha 8 anos, e passou a se locomover de cadeira de rodas desde então. Ela participou do arco e flecha em cinco Paralimpíadas, de 1988 a 2004, sendo que em Atlanta, 96, participou também dos Jogos Olimpícos – foi a primeira pessoa a disputar as duas competições no mesmo ano. Nas Paralimpíadas, levou cinco ouros, uma prata e dois bronzes.
Este húngaro é o primeiro atleta a ganhar medalhas tanto na Olimpíada quanto na Paralimpíada. O esgrimista, bronze em equipes em Seul-1988, sofreu um acidente de ônibus em 1991 e passou a usar cadeira de rodas. Ele levou um ouro nos Jogos de 1992, dois em 1996 e bronzes em 2000, 2004 e 2008.
A norte-americana Marla Runyan é legalmente cega. Ela ganhou cinco medalhas de ouro no atletismo na Paralimpíada de 1992, além de mais uma em 1996. Nos Jogos seguintes, em Sydney (2000), e em Atenas (2004), ela decidiu participar da Olimpíada, chegando em oitavo lugar na prova dos 1500m.
Aos 17 anos, a sul-africana Natalie du Toit já competia em provas internacionais de natação quando foi atropelada e teve a perna esquerda amputada. Ela nada sem utilizar próteses e ganhou várias medalhas nas Paralimpíadas de 2004, 2008 e 2012. Na Olimpíada de Pequim, ela terminou em 16º lugar na maratona aquática.
A polonesa Natalia Partyka nasceu sem o antebraço e a mão direitos, e começou a jogar tênis de mesa aos 7 anos. Ela competiu nos Jogos Paralímpicos de Sydney quando tinha apenas 11 anos, Natalia tem duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas e participou das Olimpíadas de 2008, 2012 e 2016.
O velocista sul africano Oscar Pistorius ganhou destaque mundial por seu desempenho acima da média nos 100, 200 e 400 metros rasos – categorias em que levou ouro em 2008. Sua tentativa de classificação para os Jogos Olimpícos de Pequim não foram bem sucedidas, mas, quatro anos depois, ele participou das provas dos 400m e do revezamento 4 x 400m.
A iraniana Zahra Nemati era faixa preta em taekwondo, até que um acidente de carro lhe causou danos na coluna vertebral, deixando-a paraplégica. Ela seguiu apaixonada pelo esporte e se tornou arqueira, tendo ganho medalhas de ouro e bronze na Paralimpíada de Londres. Zahra conseguiu se classificar para a Olimpíada do Rio, chegando em 33º lugar.
A mesa tenista australiana Melissa Tapper nasceu com uma lesão nervosa que resultou na paralisia de um de seus braços. Ela competiu na Paralimpíada de Londres e, em 2016, se tornou a primeira australiana a se classificar tanto para os Jogos Olímpicos quanto para os Paralímpicos.
Créditos das fotos:
George Eyser – Museu de História do Missouri
Oliver Halassy – Agence Meurisse
Natalie du Toit – AFP/Getty Images
Oscar Pistorius – AFP
Zahra Nemati – Jewel Samad/AFP
Melissa Tapper – Comitê Paralímpico Australiano
Todas as demais: Reprodução/Internet
*O Canal Olímpico Hypeness foi criado para todos aqueles que são adeptos da transformação, da superação e da inclusão. Para os que viram a história sendo escrita a cada nova medalha e para os que esperam por ela. Neste canal o Hypeness vai contar histórias inspiradoras e atletas que fazem a diferença. E você vai perceber que, muito para lá do esporte, este é um evento de celebração da vida.
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