O sexismo e a desigualdade entre gêneros se dão em mínimos detalhes – e começam nas mais jovens idades. Bastou Daisy Edmonds, uma desbravadora menina de 8 anos, ir a uma loja de departamento com sua mãe, para que ela percebesse, através das mensagens escritas nas camisetas infantis, o que se espera de uma menina (e, assim, indiretamente se impõe sobre ela), em absoluta oposição ao que dizem as roupas para meninos.

Enquanto as mensagens para meninas se restringem a afirmações de beleza, sobre se sentirem fabulosas e bonitas, para os meninos as camisetas reservam incentivos à criatividade, à aventura e até títulos de herói. “Porque as roupas de meninos e meninas precisam sequer ser diferenciadas?”, ela pergunta.
O espanto da menina foi tamanho diante de uma disparidade tão evidente que a levou a uma verdadeira leitura crítica do sentido de tais mensagens – e a mãe de Daisy filmou sua reação. Por fim, Daisy corrigiu ela mesma o absurdo com as próprias mãos, colocando algumas das roupas supostamente masculinas na sessão para garotas.

O sucesso do vídeo no Facebook foi tamanho que um representante da loja entrou em contato com Daisy para lhe garantir que em breve novos estilos de roupa seriam disponibilizados. “Nós temos uma enorme variedade de roupas para meninas e meninos e escutamos nossos clientes quando avaliam nossos produtos”, ele afirmou. Daisy, enfim, exige o mínimo: que, seja vestindo um quimono, um vestido ou uma camiseta, ela possa ser e desejar sempre mais do que supostamente o mundo parece lhe impor.


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