Inspiração

Goiana com paralisia cerebral será a primeira mulher a ser porta-bandeira do Brasil na Paralimpíada

07 • 09 • 2016 às 10:19 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Os atletas paralímpicos brasileiros mal podem esperar pelo momento em que entrarão no Maracanã, abrindo oficialmente os Jogos Paralímpicos 2016. Mas uma pessoa tem um motivo a mais para ficar ansiosa: trata-se de Shirlene Coelho, medalhista de ouro no lançamento de dardo em Londres. Ela será a primeira mulher a carregar a bandeira brasileira na abertura.

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A escolha foi feita pelos próprios atletas, em votação aberta entre os 287 esportistas que compõem a delegação brasileira. Os candidatos precisavam ter ao menos um ouro olímpico e não poderiam competir no dia seguinte ao da cerimônia. Shirlene levou 20% dos votos, à frente do judoca Antônio Tenório, com 18%, e do velocista Yohansson Nascimento, que teve 11%.

A lesão que levou à paralisia ocorreu ainda durante a gestação de Shirlene, gerando limitação de movimento do lado esquerdo do corpo. Mesmo assim, ela começou a praticar esportes ainda na infância, tendo como preferência o futebol, em que atuava como zagueira.

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Foi só adulta que ela teve um contato direto com o atletismo. Procurando emprego como ajudante de serviços gerais, Shirlene conheceu a Cetefe, ou Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial. Lá, começou a jogar basquete em cadeira de rodas, mas não se adaptou.

O talento para o atletismo, porém, ficou claro logo de início: a goiana treinou apenas três vezes no lançamento do disco antes da primeira competição, em que também disputou arremesso do peso e lançamento do dardo. Na última delas, quebrou o recorde brasileiro logo em sua primeira experiência na modalidade.

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O lançamento de dardo se tornou sua especialidade, e foi nela que Shirlene conquistou uma medalha de prata em Pequim-2008 e uma de ouro em Londres-2012, com direito a recorde mundial. A brasileira é favorita na categoria, tendo como melhor marca do ano 36,96m, mais de 9 metros a mais que a venezuelana Yomara Cohen, segunda colocada no ranking mundial. Vai, Shirlene!

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Todas as fotos © MPIX/CPB

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