Inspiração

O amor desse casal sírio venceu guerras, leis, preconceitos, asilos políticos e a distância

19 • 09 • 2016 às 14:30 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Ser homossexual em um país como a Síria é se ver triplamente condenado: pela lei do país, que não permite “atos sexuais não naturais” (com pena de até 3 anos de cadeia), condenado à morte pelo doentio regime imposto pelo Estado Islâmico e expulsos da própria comunidade por suas famílias e tribos. Por isso, quando Nader e Omar se conheceram e se apaixonaram em uma boate gay de Istambul, refugiados da Guerra Civil na Síria, ambos já haviam passado por muita coisa. Enfim felizes, os dois passaram a viver juntos imediatamente.

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Foi quando o pedido de asilo político de Nader foi aceito pela agência de auxílio aos refugiados da ONU, para viver na Noruega. Numa agridoce sensação de felicidade pelo futuro de Nader, e dúvida pelo futuro do casal (não havia notícia alguma sobre o pedido de asilo feito por Omar). Ainda que estivessem noivos, a ilegalidade do casamento homossexual tanto na Síria quanto na Turquia impediu que os dois entrassem com um pedido conjunto de asilo.

O pedido de casamento em uma festa O pedido de casamento em uma festa

Nader deixava, em Istambul, um emprego, amigos, um apartamento, dividido com seu amor, para viver em Bergen, por um futuro melhor porém incerto.

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Por mais que se falassem diariamente, não havia garantia alguma de que o casal poderia voltar a viver juntos. Até que veio a tão esperada boa notícia: o pedido de asilo de Omar para a Noruega havia finalmente sido aceito. Imediatamente, Nader começou os preparativos para a chegada de seu noivo.

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Com uma rosa nas mãos, Nader foi ao aeroporto esperar por Omar. Em lágrimas, depois de meses de separação, o reencontro enfim se deu, e Nader levou Omar ao seu novo lar – especialmente decorado com um coração e as iniciais N e O para recebe-lo.

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Já em seu primeiro dia na Noruega, Omar ilustrou a profunda alegria que o invadiu: “Vê só, nem tive que vir de barco e caminhar pela Europa — vim de avião! Quando ele decolou, dei graças a Deus!”.

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Em uma múltipla e fluida noção identitária – homossexual e muçulmana, entre as tradições sírias e a bandeira do arco-íris – o casal enfim deu as mãos novamente sob um teto comum, para um igualmente comum final feliz.

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© fotos: Bradley Secker

 

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