Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Se hoje é possível defender a emancipação feminina, que uma mulher se divorcie ou lutar contra qualquer tipo de escravidão, deve se agradecer também a uma pouco conhecida autora de teatro francesa do século XVIII. Olympe de Gouges, à frente de uma companhia de teatro, utilizava suas peças, panfletos e até cartazes que mandava espalhar pela cidade para debater tais tópicos. Ainda hoje, esses temas acendem debates inflamados e intermináveis – imagine a dificuldade de levanta-los e defende-los no final do século XVIII.
“Ó mulheres! Mulheres, quando deixareis vós de ser cegas?”, escreveu Olympe em seu mais famoso panfleto, a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. Tal conclamação vinha como resposta direta ao documento símbolo da revolução francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, que praticamente nada dizia sobre as desigualdades e os direitos do sexo feminino. A autora, portanto, não se limitou a criticar o antigo regime ao longo da revolução, mas também expôs e atacou os excessos e as injustiças do novo regime – inclusive contra os líderes dos Jacobinos, Jean-Paul Marat e Maximilian de Robespierre, que governaram com mão de ferro a França entre 1792 e 1794.
O lema de Liberdade, Igualdade e Fraternidade que moveu o processo revolucionário não incluiu, contudo, Olympe. Robespierre não perdoou sua ousadia, e condenou a autora à morte, sem direito à defesa ou sequer um advogado, por questionar os valores republicanos. Olympe foi levada à guilhotina somente 18 dias depois da antiga rainha Maria Antonieta, em 3 de novembro de 1793.
Antes de ser morta, no entanto, Olympe ainda mostrou uma última vez sua coragem inquebrantável, bradando uma frase de seus panfletos: “Se a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela deve ter igualmente o direito de subir à tribuna”. Após emitir tal afirmação, Olympe foi decapitada pela guilhotina – para, mais de dois séculos depois, tornar-se um símbolo da luta feminista, tendo ganhado um busto – uma rara homenagem a uma mulher, entre tantos homens – como personagem histórica na Assembleia Nacional francesa, em Paris.
© fotos: divulgação
Publicidade
A cidade canadense de St. George, Ontario, começou a comemorar o natal mais cedo este ano. Isso, porém, não tem nada...
Você acha natural sacrificar a vida de alguém por causa de uma deformidade? Certamente não. Mesmo assim, muitas...
Não há esforço que impeça o jardineiro e paisagista Wallace Sinhorelli de lutar por seu trabalho e espaço, e nem...
A jornalista Sandra Annenberg brilhou no Troféu do Domingão – Melhores do Ano 2019 - usando um vestido desenhado...
Infelizmente, milhares de animais são abandonados pelo mundo, vivendo solitários pelas ruas em condições desumanas....
Diagnosticada com autismo severo aos dois anos de idade, Iris Grace encontrou nas viagens em família uma forma de se...
O que para muitos é só um dia de intensa burocracia e espera, para Suellen Maristela se tornou uma verdadeira saga,...
A situação da pandemia do coronavírus amplificou um outro pesadelo social denunciado em diversos pontos em...
A pandemia do coronavírus tem mobilizado diversos setores da sociedade para a conscientização e prevenção contra o...