Viagem

Fomos até Nova York conhecer um dos mais ‘famosos’ bares ‘secretos’ da cidade

28 • 10 • 2016 às 10:03
Atualizada em 31 • 05 • 2018 às 22:01
Gabriela Alberti
Gabriela Alberti Aquariana, curitibana, canhota e (só um pouco) teimosa. Curiosa desde o berço, tô sempre em busca de novidades, da senha do wi-fi, de novas séries para virar o fim de semana e de passagens promocionais para, quem sabe um dia, dar a volta ao mundo.

Você já ouviu falar nos Speakeasy? São os famosos ‘bares secretos’ de NY, que surgiram lá atrás, na época da Lei Seca, quando as bebidas com mais de 0,5% de teor alcoólico foram proibidas em todos os Estados Unidos.

Escondidos nos fundos de locais como restaurantes e padarias, eles começaram a aparecer nos anos 1920 como uma maneira de continuar servindo bebidas alcoólicas livremente para os clientes. O nome ‘speakeasy’ veio por conta da exigência dos clientes falarem baixo e discretamente, para não chamar a atenção das autoridades. Em 1929, o número destes bares secretos em NY beirava os 32 mil.

Hoje os bares são todos legalizados, mas encontrar e entrar em um deles continua sendo uma verdadeira emoção, já que eles não contam com placas de sinalização e muitos continuam funcionando escondidos dentro de outros estabelecimentos, sendo que alguns exigem até senha para entrar.

Eu já tinha ouvido falar nesses locais, mas nunca tinha tentado entrar em um. Numa rápida pesquisa na internet, descobri alguns e um deles me chamou mais atenção, pois recentemente tinha passado na frente e nem imaginava que o local escondia um bar.

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É o Please Don’t Tell, carinhosamente apelidado de PDT. Ele fica no East Village, bairro descolado com uma cena noturna bastante movimentada, e é conhecido por ser um dos melhores bares de drinks da cidade.

O bar fica dentro de uma lanchonete de cachorro-quente, a Crif Dogs, e para entrar é preciso passar por uma cabine telefônica retrô localizada à esquerda do local, perto do caixa. Quando cheguei lá, fiquei com medo de pedirem uma senha, pois li em alguns blogs sobre isso, porém não encontrei em nenhum lugar qual seria a tal da senha.

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Tentei a sorte e, ao pegar o telefone, um simpático hostess me atendeu do outro lado da linha. Segundo ele, o local estava lotado, mas se eu estivesse disposta a esperar poderia deixar meu nome e telefone que dentro de uma hora e meia ele me retornaria.

Como havia um restaurante indiano ali perto que eu estava doida para conhecer, topei. Deixei meus contatos com o rapaz e fui jantar no Milon. Aliás, fica a dica quentíssima e amiga para quem gosta da cozinha indiana – isso sem contar que o local é todo decorado com aquelas luzinhas de Natal, uma graça!

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Quase 1h30 depois o hostess me ligou, e em menos de 5 minutos estava novamente na frente da curiosa cabine telefônica. Ao entrar, reparei que o local era bastante pequeno, mas nem por isso me decepcionei. Muito pelo contrário! Com um ar bastante intimista, o bar ainda tem a premissa de não deixar ninguém de pé. Segundo eles, para curtir um drink com prazer, só estando bem acomodado. Por isso a demora para entrar.

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Tive a sorte de sentar no bar, e assim pude admirar a verdadeira arte de se preparar um drink. No cardápio,uma infinidade de opções que chegam a te deixar meio perdido. Caso isso aconteça, uma rápida troca de ideia com os bartenders – todos mixologistas – irá resolver o seu problema.

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Basta falar mais ou menos o que você gosta e instantaneamente eles recomendam o mais indicado para o seu paladar. Foi o que fiz, e acabei experimentando o The Benton’s, uma das releituras do tradicional Old Fashioned, criado pelo premiadíssimo Jim Meehan, que figura entre os melhores bartenders dos Estados Unidos.

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Não me arrependi da escolha nem por um minuto. O sabor era surpreendente e revigorante. Até repetiria, mas isso seria um pecado em meio a tantas outras possibilidades. Então, resolvi pedir um Mescal Mule, versão latina de outro drink tradicional na terra do Tio Sam, o Moscow Mule, feito com mescal no lugar da vodka. Para encerrar a noite, me acomodei na cadeira e aproveitei para curtir a trilha sonora do bar, uma das melhores que já ouvi.

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PDT

113 Saint Market Place – East Village

Dom a Qui: 18h às 02h

Sex a Sáb: 18h às 04h

www.pdtnyc.com

Imagens © Gabriela Alberti/Shanna Ravindra/Eva Sung/Divulgação

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