Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
A menina Bana Al-Abed tem 7 anos e vive em Aleppo, a outrora próspera e maior cidade da Síria, hoje epicentro do conflito que arrasa o país. Com a contundência direta e reta de quem é, em sua própria existência, símbolo de resistência e do absurdo da guerra, Bana relata pelo Twitter suas vivências de cerco e conflito.
Sua cidade, tomada pelos rebeldes, segue há cerca de três meses cercada pelas tropas do governo de Bashar Al-Assad. Por isso, Bana permanece sempre em casa, enquanto a guerra se impõe ao seu redor e as bombas chovem sobre Aleppo.
This is our bombed garden. I use to play on it, now nowhere to play. – Bana #Aleppo pic.twitter.com/drWnwflSOE
— Bana Alabed (@AlabedBana) October 4, 2016
É o dia-a-dia de quem vive em tal condição que a menina relata, em frases curtas e explicitas sobre as consequências imediatas de ser prisioneira de um conflito.
sleeping as you can hear the bombs fall, I will tweet tomorrow if we are alive”. – Fatemah #Aleppo pic.twitter.com/HfFvig9cct
— Bana Alabed (@AlabedBana) October 3, 2016
Bana quer “viver como as crianças de Londres”, pois em Aleppo “não há água, leite, remédios”. “Não somos terroristas”, ela se queixou para um canal de televisão.
“Somos crianças, temos o direito de viver”, disse Bana.
Good afternoon from #Aleppo I’m reading to forget the war. pic.twitter.com/Uwsdn0lNGm
— Bana Alabed (@AlabedBana) September 26, 2016
A escola local foi bombardeada, e como outras escolas são demasiado longe, tentar frequentar as aulas tornou-se profundamente arriscado. Bana então lê em casa para “tentar esquecer a guerra” – enquanto seu irmão chora ao som das bombas, sobre quem Bana afirma que “prefere morrer a deixá-lo morrer”.
My brother Mohamed is crying now. bombs fall, I better die to let him die. – Bana #Aleppo pic.twitter.com/RRX64FZXds
— Bana Alabed (@AlabedBana) October 3, 2016
A própria presença de tais termos na postagem e no repertório de uma criança ilustra com clareza a incongruência criminosa dessa e de qualquer guerra – e da pesada pena que se abate sobre a população, perfeitamente ilustrada pela comemoração da mãe de Bana em uma postagem, pela manhã: “Ainda estamos vivos”
Hello world we are still alive. Wake up this morning alive. – Fatemah #Aleppo pic.twitter.com/EZz7xqbJ6E
— Bana Alabed (@AlabedBana) October 3, 2016
Please stop killing us we need peace. I need peace to become a teacher #Aleppo pic.twitter.com/mYfF0Zmngv
— Bana Alabed (@AlabedBana) September 27, 2016
© fotos: reprodução
Recentemente o Hypeness mostrou como dormem as crianças sírias que fugiram da guerra. Relembre.
Publicidade
É só a criança começar a frequentar a escolinha que aparece alguém para perguntar: "E os namoradinhos(as)?"....
Qualquer fã minimamente atento da banda inglesa Pink Floyd sabe que uma das afirmações essenciais de seu trabalho,...
Não é de hoje que o debate sobre cotas raciais e colorismo causa repercussão na mídia e nas rodas de conversa, mas...
O caso de racismo sofrido por Matheus Ribeiro, no Leblon, ganha contornos que demonstram o estereótipo social que...
Após a chacina do Jacarezinho, a operação policial em que 27 pessoas foram assassinadas pelas autoridades do Rio de...
Durante mais de seis horas, parte considerável da história do Brasil e do mundo se esvaiu junto com as cinzas de um...
Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram que irão estudar a Nuvem do Farol, um...
Promotor de cultura e empregador de refugiados árabes, o restaurante Al Janiah, em São Paulo, foi alvo de...
Já são 60 mortos e quase 300 pessoas desaparecidas após o rompimento de uma barragem da Vale do Rio Doce em...