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Sushi vegano saborosíssimo, coxinha de jaca de dar água na boca, shampoos e sabonetes orgânicos que não são testados em animais e outros produtos ‘do bem’ distribuíam-se por barraquinhas ao redor da quadra da Associação Atlética de Medicina da USP, em Pinheiros, São Paulo, no último domingo 30 de outubro, durante o Festival Indiano de Cultura e Gastronomia.
No centro do gramado do campo de futebol, os participantes meditavam e entoavam mantras juntos, numa cerimônia purificante de fogo comandada por Keshava Kashmir. A ideia era sintonizar-se novamente com o ritmo da natureza, eliminar tensões e limpar a mente. Mais cedo, uma aula de yoga comandada por Mister Lúdico (Thiago Talamont), nos permitiu fazer exercício ao ar livre e com o calor do sol, durante essa balada ‘do bem’, como denominou o organizador Jonas das Almas, conhecido como Rama.
Idealizador da produtora Vegnice, junto com a esposa Priscila G das Almas, a Gopi, Rama me conta que sempre realiza eventos temáticos para promover o veganismo e denunciar os maus tratos contra os animais, ligado ao consumo excessivo de carne pelo ser humano.
“ Viajei dois anos pela Índia e fui monge hindu durante 18 anos, religião que está ligada a cultura indiana. Tenho um vínculo muito grande com esse modo de vida e sou inclusive vegetariano por conta dessa cultura”, conta Rama. “É um assunto que eu e Gopi dominamos, e que também chama a atenção do público, por isso escolhemos a Índia como tema desse que é o nosso vigésimo quinto evento em três anos de Vegnice”.
O empresário garante ainda que o veganismo está crescendo muito. “Imagina que na Alemanha ele aumentou em 800%, e em Portugal, o comércio de carne caiu em 30%. No Brasil muita gente está virando adepta ao modo de vida vegano, mesmo em meio a crise. Vejo isso nos eventos, que atraem um número cada vez maior de pessoas”, conta.
E dá para entender por quê. Lá era possível comer feijoada vegana, salsicha, bife à parmegiana, tudo preparado sem carne. Provei o sushi, feito com tofu marinado e empanado, pepino, cenoura, maionese e cebolinha, e também o uramaki de lula, feito com cogumelos e legumes, com sabor quase idêntico ao do fruto do mar.
Dessa forma, o Festival Indiano de Cultura e Gastronomia também foi uma forma de mostrar aos participantes que existem diversas formas de se alimentar, sem consumir carne. “Imagina chegar na China e falar que você não come lesma, barata, rato, cachorro… Eles vão te perguntar, ‘nossa, como você vive?’. O mesmo acontece com os fumantes, que dizem que não conseguem largar o cigarro. Mas se pensarmos friamente, não existe nenhuma vantagem e necessidade de manter esses hábitos. É um processo de mudança, assim como ocorre quando a pessoa muda a sua alimentação”, garante Rama.
Circundada por barraquinhas gastronômicas e de vestimentas, artesanatos e objetos de decoração indianos, a tarde se complementou com workshops e shows com os quais nós, o público, éramos convidados a interagir: performance de dança com a bailarina ativista Nana Lacerda, apresentação musical do citarista Fabio Kidesh, workshop de dança indiana com grupo o Devi – Índia Dance, entre outras atividades.
No meio da tarde, Gui Vitali distribuiu tambores e outros instrumentos de percussão aos presentes, que formaram uma roda para unir “nossa energia em uma só, num único som”. Não era preciso entender nada de música para integrá-la, e sim apenas estar presente de corpo e alma, como garantiu o facilitador. Assim, criou-se uma banda em poucos minutos, acompanhada do som do citar de Marcus Santurys, músico que também se apresentou durante o festival.
A tarde terminou com mais uma aula de yoga aberta, ministrada por Andre DeRose, que nos ensinou técnicas de respiração para acalmar a mente e posturas dessa prática típica na Índia, que massageia os órgãos, traz tônus a musculatura e nos ajuda nos manter no presente enquanto nos exercitamos.
Assim, visando trazer mais consciência e presença a todas as esferas de vida das pessoas, mais um evento da Vegnice ocorreu. O projeto, segundo seu idealizador, é levá-los agora para outros estados brasileiros, como o Rio de Janeiro.
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