Debate

Por que ela resolveu questionar a obrigatoriedade do sutiã na escola

25 • 10 • 2016 às 09:35
Atualizada em 23 • 03 • 2017 às 08:56
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A estudante Natasha Puga, de São Gonçalo do Sapucaí, em Minas Gerais, viralizou na internet após um desabafo postado na sua página do Facebook na última sexta-feira. O motivo? Ela foi chamada na diretoria por não estar usando sutiã.

No seu depoimento no Facebook, que foi apagado após algumas horas no ar, Natasha conta que a diretora do Centro Integrado Sesi Senai José Bento Nogueira Junqueira a questionou sobre o uso da peça íntima, já que a jovem já seria ‘desenvolvida’ e estaria chamando a atenção “até mesmo dos meninos mais novos” com a ausência da peça íntima.

Isso é questão de bom senso, você já é mais desenvolvida, é claro que os meninos vão olhar. Sua liberdade termina onde começa a do outro”, foi um dos absurdos ouvidos pela estudante, que apenas respondeu que continuaria indo para a escola sem o sutiã, já que não se sente confortável com a peça.

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Filme da diretora Lina Esco sobre o combate à censura do corpo feminino

Natasha recebeu inúmeras mensagens de apoio de seus colegas e até mesmo de desconhecidos, mas teve quem fosse contra a atitude da garota: “É dever seu como estudante seguir as normas da escola e parar de ser tão infantil de desabafar no Facebook como se fosse a catástrofe da sua vida. Amiga é quem avisa e se você não começar a mudar suas atitudes, você vai sofrer muito!”, comentou Olívia Drago.

A estudante ainda contou que quando retornou à sala de aula, relatou para as suas amigas o ocorrido e, para sua surpresa, foi repreendida por todas. “Ela está certa, você não tem bom senso, só quer aparecer”, falaram.

É no mínimo lamentável que justamente dentro de uma escola, um ambiente onde individualidade e tolerância deveriam ser princípios básicos, isso tenha acontecido. Atitudes como estas só nos mostram que a luta pela igualdade de gênero ainda é longa, mas que não devemos desistir. Juntas vamos longe.

Imagem © Divulgação

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