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Sustentabilidade é a energia que faz o mundo girar. Por isso, a busca por soluções que atendam às necessidades de hoje sem comprometer as gerações futuras é primordial. Jovens universitários de todo o Brasil estão sendo desafiados a desenvolver projetos que podem mudar a forma de nos relacionarmos com o planeta integrando engenharia, arquitetura, agronomia e criatividade. A recompensa são R$ 300 mil para os cinco projetos vencedores, sendo R$ 60 mil para cada um deles, divididos entre o estudante, o orientador e a Instituição de Ensino Superior participante.
Em sua 8ª edição, o Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável reconheceu na última segunda-feira, 17 de outubro, cinco propostas inovadoras no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. A cerimônia também contou com a palestra do velejador brasileiro Lars Grael, atleta olímpico que superou um grave acidente em 1998. Mesmo após ter perdido uma perna, ele não parou de velejar, superou as limitações e foi campeão mundial da classe Star no Mundial 2015 na Argentina: “as oportunidades nascem nas dificuldades”, garante. Quando um amigo fez uma piada com Grael perguntando se ele viveria de vento, ele respondeu que não iria abandonar seu sonho nunca: “conselho é bom, mas melhor ainda é ouvir o coração”, finaliza.
Para aquecer a noite, o evento contou com a apresentação singular do AfroReggae, organização cultural que desenvolve projetos de inclusão social através da arte, como é o caso do “Favela Arte”, oferecendo atividades gratuitas para jovens como aulas de música, teatro, dança e circo. Com tambores feitos de galões de lata e plástico, eles fizeram a trilha sonora para os movimentos inesperados e criativos dos acrobatas.
Antes da cerimônia, no período da tarde, os estudantes se reuniram no MAR (Museu de Arte do Rio) e viram de perto as iniciativas de sustentabilidade do Porto Maravilha, área revitalizada do centro do Rio onde está localizado o Museu do Amanhã. Depois fizeram um passeio de VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos, para conhecer a nova região portuária do Rio.
Desde sua criação, o prêmio já reconheceu 78 estudantes, de 28 universidades espalhadas por 13 Estados brasileiros. Além de ser realizado no Brasil, a premiação também acontece nos seguintes países: Angola, Argentina, Colômbia, Cuba, Equador, Estados Unidos, México, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela.
Para o diretor de sustentabilidade da Odebrecht, Sergio Leão, o Prêmio visa motivar os jovens a inovar em soluções que promovem a economia de recursos: “Como posso gastar menos usando o mesmo material? Esse é o pensamento que os inscritos para o prêmio tem que ter”, revela. Após oito anos tomando frente do projeto, Leão considera essencial a aproximação do mercado com a área acadêmica: “Quanto mais cedo recrutamos esses jovens, melhor”.
Entre os projetos premiados está um sistema de tratamento de resíduos orgânicos com a recuperação energética e agrícola dos subprodutos gerados, desenvolvido por Augusto e Catarina do curso de Engenharia Ambiental da UFMG. O sistema se destacou pela produção do biogás e representou o estado de Minas Gerais com maestria.
Outra ideia inovadora surgiu da união das quatro amigas Bárbara, Mônica, Suzana e Viviane, do Instituto Mauá de Tecnologia – Mauá, que tornaram possível a Produção de eteno verde assistida por um micro-ondas. Com esse processo, obteve-se 60,8% de rendimento em etileno e eliminou-se totalmente a geração de gás de efeito estufa.
Elas também contaram ao Hypeness sobre as dificuldades de ser mulher numa indústria predominantemente formada por homens e confessaram já terem sido subestimadas: “Há um longo caminho a ser percorrido ainda, estamos prontas” diz, confiante, a estudante de Engenharia Química, Mônica.
Diretamente de Pernambuco, Bruno e Juliana, da Engenharia Química da UNICAP, desenvolveram um biodetergente comercial para aplicação como dispersante de petróleo e derivados derramados em oceanos. O projeto foi considerado inovador porque substitui o uso de dispersantes químicos nos derrames de petróleo, de alto potencial tóxico.
Já os estudantes de Engenharia Civil da USP, Vinícius, Yuri e Fred propuseram o reúso de água para produção de graute, tipo específico de concreto, num canteiro de obras com TBM (Tunnel Boring Machine) da Linha 5 do metrô de São Paulo. “Conseguimos usar água de reúso em favor da sustentabilidade”, diz Yuri satisfeito.
E finalmente em primeiro lugar ficou Henrique Luis Hipólito, da UFSC, com o Painel Solar Híbrido, tecnologia capaz de gerar eletricidade e água quente num sistema único de alta eficiência, reduzindo os custos de material, instalação, manutenção e também o espaço utilizado nos telhados.
“A ideia do painel fotovoltaico torna o processo mais econômico pois tem duas funções ao mesmo tempo”, explica o estudante de Engenharia Mecânica de Santa Catarina, que já tem planos para comercializar em 2017 essa tecnologia que converte cerca de 80% da radiação em energia útil.
Em 2014 cinco projetos se destacaram: o de controle de acumulação para esgoto sanitário, sobre o sistema para captação de energia ondomotriz, de reciclagem do poliestireno expandido, de uma rede pluviométrica urbana de baixo custo e o de utilização de um novo biodetergente para remoção de derivado de petróleo em solo.
Já em 2013 as cinco propostas vencedoras foram: a criação de tilápias com água de reuso, a invenção da Parede Solar, solução sustentável para o aquecimento de água em edifícios populares, a avaliação de propriedades combustíveis da pirólise de pneus inservíveis, a análise da viabilidade econômica de certificação ambiental na região metropolitana de Salvador – BA e a criação de um Brise Móvel Acústico, para redução de ruídos no interior de uma edificação.
No ano anterior, em 2012, iniciativas como o aproveitamento de resíduos de biomassa na construção civil foram abordadas. Outro projeto promoveu uma forma de minimizar o impacto ambiental dos resíduos agroindustriais enquanto outro promovia o estudo sobre a reutilização de lodo de ETA para produção de tintas ecológicas. A nova abordagem de um sistema de esgotamento sanitário também foi pautado naquele ano, além da criação de uma Verga de controle solar, incentivando o uso e a entrada de luz natural para o interior do ambiente.
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