Estilo

Ronaldo Fraga denuncia transfobia no Brasil em desfile da SPFW feito apenas com modelos transexuais

27 • 10 • 2016 às 13:49
Atualizada em 27 • 10 • 2016 às 13:54
Tuka Pereira
Tuka Pereira Jornalista há mais de uma década e 'escrevinhadora' há muito mais tempo, Tuka Pereira aborda feminismo a gatinhos fofos com a mesma empolgação. Se existe algo que gosta mais do que escrever é carimbar o passaporte. Já esteve em boa parte do mundo e todo dinheiro que ganha gasta em viagens.

Uma aura diferente tomou conta das passarelas nesta 42ª edição da São Paulo Fashion Week. Depois do desfile absolutamente maravilhoso e inclusivo no qual Emicida fez seu debut no mundo fashion trazendo modelos dos mais variados padrões de beleza, Ronaldo Fraga também fez sua parte para ajudar a redefinir a relevância do evento.

No início do desfile uma gravação com a voz estilista soou explicando o propósito da apresentação: “O corpo aprisiona e as roupas libertam o ser“. Então 28 modelos transexuais entraram usando vestidos com praticamente a mesma modelagem, mas com estampas diferentes, inspiradas em bonecas de papel.

O estilista mineiro fez ecoar um assunto que ainda é ignorado por boa parte da sociedade: a transfobia. Ao dar o protagonismo de seu desfile para modelos transexuais, Fraga colocou um holofote gigantesco sobre esta importante temática que não pode mais ser deixada de lado no país. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, segundo um relatório da ONG internacional Transgender Europe.

Além disso, o estilista também provou que a moda é muito mais do que ditar tendências e que deve sim tomar partido em causas de real importância na sociedade em que vivemos. A moda é inclusão, identidade, aceitação e ajuda a criar o mundo onde todos precisam ter voz.

Veja algumas das fotos do desfile:

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Todas as fotos © Marcelo Soubhia/Agência Fotosite

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