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O Rio de Janeiro vive momentos complicados, todos sabemos, mas nada como dar as boas-vindas ao mais novo programa cultural carioca para sacudir este novembro chuvoso. Estreia nesta quarta-feira o Archcine, festival internacional que leva a deliciosa mistura entre cinema e arquitetura ao Centro Cultura Justiça Federal (CCJF) até o domingo, dia 27. E, sim, é daquele jeito que nós gostamos: grátis.
Entre curtas e longas, documentários e ficções, a programação do Archcine consiste em 33 produções de diversos países – da Bolívia à Grécia, passando por Alemanha e Nova Zelândia, entre outros. A proposta central do festival é usar estes filmes como pano de fundo para debater as transformações da paisagem urbana e a relação dos cidadãos com os espaços públicos.
“Bernardes”, de Gustavo Gama Rodrigues e Paulo de Barros
“Vilanova Artigas: o Arquiteto e a Luz” de Laura Artigas e Pedro Gorski
“Acho que o principal desafio que a arquitetura tem hoje é criar ambientes mais acolhedores, mais inclusivos. A gente não pode se esquecer disso sempre que estiver pensando num projeto – seja ele urbano ou de uma residência. Há também a questão da mobilidade. Sofremos com o trânsito por conta da falta de investimento em transporte público e sobretudo em uma malha decente de ciclovias. As cidades brasileiras são muito carentes nesse sentido”, analisou Aline Pereira, idealizadora e curadora do Archcine ao lado de Diogo Leal, em conversa com o Hypeness.
Outra característica marcante desta primeira edição é a deferência a expoentes da arquitetura brasileira. Documentários sobre Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Sérgio Bernardes estão entre as produções imperdíveis para os fãs do tema. O grande homenageado será o cineasta paulista André Fratti Costa, com três de seus filmes em destaque na programação.
“Oscar Niemeyer – A Luta é Longa”, de Bernardo Pinheiro Mota
A sessão de abertura ao grande público, nesta quarta, às 17 horas, promete já mostrar que o Archcine não veio de passagem. O elogiadíssimo curta “Entre Céus”, da diretora alagoana Alice Jardim, abre os trabalhos com uma delicada viagem no tempo. Na sequência, o chileno “Espaço Modular” denuncia as mazelas causadas pela especulação imobiliária em Valparaíso, cidade-joia arquitetônica às beiras do Pacífico. Por fim, “Poesia Precisa” conta a cativante história de Lina Bo Bardi, arquiteta ítalo-brasileira que deixou os escombros da Segunda Guerra para assinar obras icônicas em São Paulo, como o MASP e o Sesc Pompeia.
E isso tudo é só o começo do Archcine. Quem comparecer verá que a fusão entre cinema e arquitetura, a princípio um tanto inusitada, nunca parecerá tão óbvia. É no que aposta Aline. “De certa forma, o cinema não existe sem esse pano de fundo que é a cidade, ou sem esse pano de fundo que é a arquitetura quando falamos de um ambiente interior. Na verdade, esses dois universos estão tão entrelaçados que muitas vezes a gente nem consegue separá-los.”
“Teleférico La Paz”, de Carlos Gomes
“Espaço Modular”, de Juan Bautista Cofre e Nicole Ampuero
Confira a programação completa do Archcine no site do festival e no evento no Facebook!
Todas as imagens © Divulgação
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