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As tradições e hábitos de um país, especialmente ao redor de uma data tão marcada e considerada importante como o natal, podem parecer, para seus habitantes, como algo natural e inerente. A verdade, porém, é que são muitos e mais diversos os fatores que formam as tradições e cerimônias de cada lugar, e não seria diferente com o natal. Ao redor do mundo comemora-se essa data, mas a maneira de se comemorar é tão diversa quanto possível.
Para muito além do nascimento de Jesus (os registros mais antigos de celebração do natal por esse motivo datam somente do século IV em diante), as celebrações do 25 de dezembro pelo mundo afora envolvem influências de outras religiões, de tradições pagãs, de hábitos alimentares, do clima e até das especificidades geográficas de cada país. Assim, olhando de perto, toda tradição – inclusive as brasileiras – é um tanto insólita e, pegando carona no natal e espiando como o mundo é diverso e cheio de diferentes maneiras e modos, selecionamos aqui 10 tradições natalinas diferentes das nossas pelo mundo.
A premissa a respeito do bom comportamento como exigência para as crianças vai muito além dos presentes, em uma guinada um tanto extrema: por lá, no natal, conta-se a lenda de um demônio chamado Krampus que perambula pelas ruas arrastando correntes, com uma vara para açoitar as crianças que não se comportaram durante o ano.
A reunião familiar natalina é também tradição na Estônia, mas com um pequeno detalhe: ela se dá em saunas, onde as famílias tomam vodka e conversam. Reza a lenda que os locais são protegidos por duendes, que então protegerão os parentes. Depois do pôr do sol, porém, os duendes dão lugar, nas saunas, aos antepassados mortos.
Se ao redor do mundo o natal é sinônimo de deliciosas comidas à mesa, o mesmo parece não poder exatamente ser dito a respeito do cardápio natalino na Groenlândia: é tradicional comer o Kiviak, uma mistura feita com carne de arau, um pássaro ártico, envolvida em pele de baleia. Até aí, é somente um prato exótico. O ponto certo para come-lo, porém, é que é a questão: o Kiviak fica guardado por um longo tempo, até atingir o grau correto de… decomposição. Sim, quando ele estiver devidamente decomposto é que deve ser comido.
Esqueça a imagem do bom velhinho: no País de Gales, a sorte é trazida pela Mari Lwyd, a cabeça de uma caveira de égua coberta lençol branco que forma seu corpo. No natal ela tenta entrar nas casas e bares, atrás de comida, bebida e diversão. Se ela traz ou não sorte, isso não se sabe – mas é certo que ela traga um tanto de susto e medo, ao menos às crianças.
Essa tradição catalã, mas já exportada para regiões de Portugal e Itália, tem um significado bonito, mas um símbolo um tanto hilário: trata-se do “El Caganer”, que em bom português quer dizer simplesmente “O cagão”. É um boneco usado como enfeite natalino, de um camponês fazendo literalmente isso: cocô. O significado, no entanto, remete à fertilização do solo, fartura e adubo, para uma terra plena.
Como o Japão é um dos países menos católicos do mundo, a força religiosa do natal é bastante reduzida por lá. Soma-se isso a uma campanha publicitária incrivelmente bem sucedida feita pela rede de fast foods KFC na década de 1970, e hoje o natal japonês possui uma tradição surreal: as ceias são feitas com baldes de frango frito da lanchonete. E com um detalhe: não pode ser o mesmo balde de outra marca – tem que ser KFC. A fila é tanta que é preciso encomendar com meses de antecedência. Isso sim é campanha de marketing bem sucedida – que transforma a marca em uma tradição no país.
Essa tradição nasceu com um propósito nefasto: pressionar os trabalhadores islandeses a produzirem mais. Trata-se do Gato Yule, um enorme gato que odeia roupas velhas e devora quem as veste. A resposta está no fato de que os trabalhadores que mais produzissem ganhariam roupas novas – e quem não produzisse, bem, receberia uma visita de um imenso gato devorador de maltrapilhos. A tradição persiste no natal islandês.
Na Noruega, o medo não é de gatos, mas o bom e velho (e machista) medo de bruxas. Acreditava-se que as bruxas roubariam as vassouras das casas para sobrevoarem os vilarejos. Até hoje, por lá, como tradição, as vassouras são escondidas na época de natal, na parte mais remota das casas, para evitar a chegada das bruxas.
Já na Itália, é justamente uma querida bruxa quem entrega os presentes. Conhecida como La Befana, ela seria uma velhinha que, no período de natal até a festa de reis, oferece doces, roupas e brinquedos para crianças boas – para as crianças más, porém, o presente não é tão gostoso: alho e carvão para as desobedientes. Em troca, as famílias oferecem vinho para ela, que varre o chão em retribuição.
Por lá, a tradição católica é forte como aqui, e todos correm para as missas na semana que antecede o natal até o dia 25. Há, porém, um pequeno e curioso detalhe: como as ruas costumam estar fechadas, é comum ir à missa de patins – tradição que se mantém, fazendo dos patins também um presente comum de natal.
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