Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Vivemos num turbilhão de rótulos. Dentre eles, está o de plurissexual, palavra que define pessoas que se relacionam com outras do mesmo sexo, do sexo oposto ou transgênero. Mas para Luiza de Andrade, diretora do curta-metragem À Margem de Nós Mesmos, “plurissexualidade também pode ser definido como liberdade sexual“.
Pelo filme, Luiza concorre ao prêmio de Melhor Diretora LGBT e Melhor Cineasta Mulher, no festival europeu New Renaissance Film Festival. A Margem de Nós Mesmos narra a história de Lívia, que após terminar um casamento com Virgílio, alcoólatra viciado em jogos, se vê envolvida com Isadora. O tempo passa e surgem conflitos com a nova parceira, que Livia procura resolver em meio ao turbilhão da cidade, numa busca que envolve sexualidade e amizade.
Conversamos com a Luiza, mais uma mulher brasileira que ganha destaque pelo seu trabalho no Brasil e no mundo, sobre o prêmio, e o filme:
Hypeness – Como você se sente representando as mulheres e o Brasil nesse festival internacional?
Luiza de Andrade – Eu estou muito feliz por representar as mulheres e o Brasil nesse festival de cinema. As mulheres estão conquistando seu espaço no mercado de trabalho, e quando falo mercado, me refiro à todas as profissões, dentre elas o cinema. Acredito porém que ainda temos varias conquistas a serem feitas e precisamos lutar por elas. O Brasil ganha cada vez mais reconhecimento internacional no cinema. Fazer parte disso e poder levar uma mensagem que acredito é uma grande alegria!
H – O que te incitou a fazer um filme sobre o plurisexualismo?
LA – A ideia inicial do filme era falar sobre a bissexualidade através do conflixo sexual da nossa personagem principal, a Lívia. Aos poucos, porém, eu e o Leonardo Castelo Branco (roteirista) fomos amadurecendo a ideia e adicionamos `a trama um personagem transsexual. Assim criamos uma nova mensagem, a de que não importam os gêneros, pois por dentro somos todos seres humanos.
H – Como você acha que o filme pode contribuir para a discussão sobre o preconceito de gêneros no Brasil e no mundo?
LA – O cinema tem um papel muito importante na formação de opiniões da sociedade. Por isso abordamos o tema LGBT de maneira natural, diferente do que acontece na maioria dos filmes que tratam desse assunto, para trazer a tona discussões sobre ele. Por que não ser normal? Claro, sei que na sociedade, tanto no Brasil quanto no mundo, isso ainda não é considerado “normal”, mas essa é exatamente a razão pela qual o retratamos dessa forma. E algo muito gratificante é que A Margem de Nós Mesmos está sendo bem recebido em países (Romênia, Índia, Marrocos) onde a liberdade de expressão, principalmente de um transexual, é limitada.
Luiza terminou nosso papo contando sobre a dificuldade de se fazer cinema no país:
É muito difícil fazer uma produção independente e sem patrocínio no Brasil, e para conseguirmos realizar esse filme, contamos com muitos amigos e eu quero aproveitar para agradecê-los. Agradecer a toda equipe que acreditou no filme e nos ajudou a realiza-lo, afinal de contas cinema é feito por equipe e sem ela o filme não teria saído do papel. Obrigada!
Que essa conquista inspire mais mulheres a levarem adiante seus projetos!
Veja aqui o trailer de A Margem de Nós Mesmos:
Trailer À MARGEM DE NÓS MESMO (The Boundaries Within) from VIRALATA on Vimeo.
Todas as fotos: Divulgação
Publicidade
Até quando será necessário adotar o isolamento social? Nas últimas semanas, essa tem sido a pergunta mais frequente...
Parte de uma geração que reconfigurou a análise da periferia, nascido na zona norte de São Paulo, KL Jay é...
Amanda Ramalho ficou conhecida nacionalmente por ser uma das integrantes do ‘Programa Pânico’. Isso você já...
Gostando ou não do desenvolvimento da última temporada, 'Game of Thrones' é uma série que já marcou seu lugar na...
Ela abriu os caminhos para o que chamamos de influenciador digital. Já se vão cinco anos, muito tempo quando se trata...
Lorelay Fox é um fenômeno. A drag queen seguida por mais de 500 mil pessoas no canal ‘Para Tudo’, do YouTube,...
Historicamente a comunicação sempre foi uma ferramenta capaz de transformar os rumos da história. Desde que se tem...
E lá se vão 60 anos em que Maurício de Sousa começou a criar os personagens que fariam parte do imaginário de...
A beleza juvenil que chamou a atenção do mundo no filme Azul é a Cor Mais Quente permanece, mas algo mudou em Adèle...