Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Condições sub-humanas de trabalho e cargas horárias próximas da escravidão – com salários que seriam considerados criminosos em qualquer outro país – assombram as grandes empresas do mundo, principalmente as que mudaram suas linhas de produção para lugares como a China, com a mesma intensidade que tais marcas procuram o lucro.
A maneira que a Foxconn, manufaturadora taiwanesa dos iPhones para a Apple, encontrou para resolver esses dilemas trabalhistas é, no entanto, no mínimo controversa: no lugar de melhorar as condições, a empresa decidiu por simplesmente não ter mais humanos trabalhando para ela.
Segundo reportagem da revista DigiTimes, o diretor geral da fábrica em Taiwan, Dai Jia-Peng, procura nos próximos anos automatizar praticamente todos os trabalhos ainda feitos por seres humanos. O plano será realizado em três fases, e contará com softwares avançados e robôs.
Na primeira fase, serão substituídos os trabalhos considerados perigosos; em seguida, a fábrica procurará aumentar sua produtividade – que hoje é de 500 mil iPhones por dia – e seu lucro ao racionalizar as linhas de produção para não manter robôs em excesso; por fim, automatizar fábricas inteiras, mantendo “somente um número mínimo de trabalhadores, designados para produção, logística, teste e inspeção”, afirmou Jia-peng.
O processo de automatização na Foxconn já está acontecendo, e o ritmo indica que até 2020, 30% dos empregos já sejam ocupados por robôs. Só em uma de suas fábricas, 60 mil empregos serão automatizados até março – o ritmo de fabricação dos robôs que substituirão as pessoas, conhecidos como Foxbots, é de 10 mil por dia.
A medida contraria os incentivos do governo chinês, que vem oferecendo bilhões de dólares em bônus, contratos e deduções para quem contrata no país – a Foxconn possui 1, 2 milhões de empregados. A ética das relações profissionais parece ter sido substituída pela ética do lucro dos patrões – mesmo que 1% da população possua mais dinheiro que os outros 99% juntos. Pois se antes a empresa precisava instalar medidas de segurança contra os alarmantes índices de suicídio em suas instalações por conta das péssimas condições de trabalho e a cobrança desumana, agora o sentimento de culpa mudou: nossos iPhones não serão mais fabricados por escravos, mas sim por robôs. Por trás deles, nada além de milhões de desempregados.
© fotos: divulgação
Publicidade
Já são 212 palestinos mortos pelo atual confronto entre o estado de Israel e os grupos Hamas e Jihad Islâmica, com...
O Public Investment Fund, braço de investimentos da Arábia Saudita, anunciou que vai construir um parque de...
A nova temporada do programa 'Conversa com Bial', apresentado por Pedro Bial, estreou em um formato diferente: por...
"Já acabou, Jéssica?". Essa frase com certeza desbloqueou uma memória para você, não é? Omeme de 2015 surgiu de...
Assim como Brasil, Haiti, França e Colômbia, Cuba passa por uma onda de protestos em 2021. As graves consequências...
Um jovem de 13 anos de idade levou uma granada para um colégio particular na cidade de Belo Horizonte, em Minas...
No último sábado (26), a Marcha da Maconha celebrou seus 10 anos em São Paulo em grande estilo. No meio da fumaça e...
Um levantamento do Observatório do Clima revelou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis...
O Pearl Jam se apresentou na última quarta-feira (21) no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em um show recheado...