A incrível parceria entre Walt Disney e Salvador Dali que levou 58 anos para ficar pronta

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Certas artistas foram tão icônicos em suas áreas de atuação, que imagina-los trabalhando juntos pode se transformar em um jogo e um sonho para qualquer coração e mente que se comova com a capacidade imaginativa do ser humano. Imagine o que não seria uma parceria entre Walt Disney e seus incríveis desenhos animados, e o pintor surrealista Salvador Dalí? Pois não é preciso imaginar: essa parceria aconteceu, e o resultado tão perfeitamente impressionante quanto se poderia esperar.

Produzido ao longo de oito meses, durante os longínquos anos de 1945 e 1946, o filme “Destino” conta a história de Cronos, a personificação do tempo em uma mulher, e sua inabilidade em compreender seu amor e desejo por um mortal.

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=1GFkN4deuZU” width=”628″]

O projeto permaneceu em segredo por muito tempo, e visava criar o equivalente cinematográfico ao método da “paranoia crítica” de Dalí – inspirada no trabalho de Freud sobre o subconsciente, incluindo mensagens secretas e duplos sentidos. Ironicamente, a animação de 6 minutos de duração só veio a ser finalizado 58 anos depois.

A interrupção do projeto se deu por motivos orçamentários, especialmente no contexto imediatamente posterior à segunda guerra mundial. Sua finalização, tanto anos depois, se valeu dos trabalhos originais e também de inserções de computador. Para Dalí, Destino representava “uma demonstração mágica das questões da vida dentro do labirinto do tempo”, enquanto para Disney era “uma simples história de uma jovem garota em busca do amor verdadeiro”.

Seja por uma leitura simples e objetiva, seja por um olhar surreal e amplo, o resultado é encantador e forte – tal qual o tempo (e o trabalho dos artistas) que pode ser simples e objetivo e, ao mesmo tempo, surreal e infinito.

© fotos: reprodução