Preconceito é uma coisa que infelizmente parece crescer em nossas cabeças feito cabelo – de mil formas diferentes, com volumes e cores diversas. No próprio cabelo, ou na maneira que olhamos e falamos sobre esses pelos, podemos ver como o preconceito pode brotar em detalhes. Foi para combater as ideias pejorativas associadas aos cabelos crespos e cacheados – que arbitraria e preconceituosamente sempre foram chamados de cabelos “ruins’ – que Rodrigo Goecks escreveu o livro “Cabelo bom é o quê?”

O livro, ilustrado pela artista Anna Pires, busca elevar a autoestima das crianças cacheadas e crespas, procurando fortalecer a boa relação dessas futuras adultas com sua própria identidade.

“São inúmeros os exemplos de preconceito vivenciados pelas crianças devido a esta expressão, cabelo ruim, que é comum em todo o Brasil. Qual o impacto disso na autoestima das crianças? Criamos a campanha #cabeloboméomeu, com o livro, um vídeo com meninas de várias etnias e a hashtag, na web. Estamos muito entusiasmados com o impacto transformador que pequenas ações como essas possuem”, disse Goecks.
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O livro pertence à linha de produtos Sou + cachos, da marca Yenzah, criada em parceria com mais de quatro mil consumidoras. “Cabelo bom é o quê?” estará disponível para download, a fim de se tornar material pedagógico em escolas, e poderá ser adquirido pela loja virtual Casa 18. Trezentos exemplares serão doados para a Escola Municipal Abelardo Chacrinha Barbosa, na Rocinha, no Rio de Janeiro, e será oferecido com preço subsidiado para qualquer escola.




O texto do livro é todo composto por um poema escrito por Rodrigo, e o próprio livro responde à pergunta que traz no título: cabelo bom é o meu – é qualquer cabelo.
© imagens: Anna Pires