Os Estados Unidos vivem momentos de tensão. Além de conflitos raciais e ataques contra imigrantes, o antissemitismo está dando as caras: ameaças de bombas em sinagogas e escolas judias têm sido registradas com frequência, e cemitérios judeus em alguns estados foram vandalizados. Mas muçulmanos têm se oferecido para ajudar, numa demonstração de união pela paz.
Tayyib Rashid, ex-fuzileiro da Marinha norte-americana e muçulmano, twittou se dispondo a ajudar: “Sou um muçulmano da marinha que vive na região de Chicago. Se sua sinagoga ou cemitério precisa de alguém para ficar de guarda, conte comigo. O Islã requer isso”, postou.

O tweet fez sucesso e inspirou outros muçulmanos a oferecer o mesmo. Qasin Rashid, advogado e escritor, publicou uma mensagem parecida, assim como uma usuária que se identifica como MuslimMom (“Mãe Muçulmana”). E a ajuda não para por aí.


Pelo menos dois cemitérios judeus foram alvo de vândalos, que derrubaram centenas de lápides: o Mount Carmel, na Filadélfia, e o Chesed Shel Emeth, em Saint Louis. Rapidamente, pessoas de diferentes religiões apareceram para ajudar a fazer reparos, incluindo muitos muçulmanos.
Muçulmano e judeu juntos em cemitério vandalizado
Foram seguidores do islamismo também que lançaram campanhas de financiamento coletivo na internet para arrecadar fundos e reconstruir o que foi atacado. Em poucos dias, a vaquinha para ajudar a reconstruir os túmulos do Mount Carmel, que tinha como meta juntar 20 mil dólares, conseguiu quase 160 mil.
Assim, a criadora da campanha, a muçulmana Linda Sarsour, se comprometeu a, além de reparar o que foi estragado, colaborar para aumentar o sistema de segurança do cemitério da Filadélfia, e também destinar fundos para o Chesed Shel Emeth, em Saint Louis.
Imagem aérea mostra lápides vandalizadas
Fotos: Reprodução/Twitter