‘Orquestra de Refugiados’ combate o preconceito com música e diversidade

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Quando diferentes culturas se encontram pelo mundo, seja qual for o motivo, boa música costuma resultar de tal mistura. Mesmo a partir de contextos tristes e devastadores – muitas vezes especialmente de tais situações, como cura, resistência e meio de sobrevivência – a música costuma ser uma das mais importantes portas de entrada para o encontro entre diferentes culturas e povos. Para promover tal encontro, e como meio de oferecer uma chance aos refugiados por toda a Europa, que o maestro catalão Jordi Savall criou a primeira orquestra de refugiados do mundo.

O maestro Jordi Savall

Reunindo hoje quinze músicos de países como Síria, Belarus e Turquia, entre outros, o projeto foi batizado de “Orfeu XXI, Música pela vida e dignidade”. Para o maestro, a origem desses músicos reforça ainda mais o rico potencial que o projeto oferece, em termos rítmicos, melódicos e harmônicos, pois a ideia é que os músicos possam aprender e ensinar através da orquestra – e que tudo se reflita em um resultado musical mais interessante e plural.

“Trata-se também de um projeto pedagógico e artístico, com refugiados que já estão na França, Espanha, Noruega e Alemanha”, afirmou o maestro, lembrando que os músicos trabalharão também como instrutores para crianças refugiadas ou carentes em áreas pobres dos países para onde migraram. A orquestra Orfeu XXI já possui quatro apresentações agendadas para o verão europeu de 2017, mas seu principal propósito parece ser mesmo o uso da orquestra como veículo para um mundo melhor e mais inclusivo. Não há, afinal, fronteira ou muro que possa conter a música do mundo.

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