Neste dia 8 de março, milhões de mulheres no mundo inteiro pararam suas atividades para aderir à Greve Internacional de Mulheres. A iniciativa mostrou como seria um dia sem mulheres no mercado de trabalho e chamou a atenção para pautas relacionadas ao movimento feminista. Uma destas pautas é justamente a equiparação salarial entre homens e mulheres, que está longe de se tornar realidade, segundo aponta uma pesquisa realizada pela Catho.
De acordo com o estudo, divulgado nesta terça-feira, 7, as mulheres ganham menos do que os homens em todos os cargos. Além disso, eles ganham salários mais altos em 25 das 28 áreas de atuação pesquisadas. Para chegar a essa conclusão, o estudo foi realizado analisando dados de mais de 13 mil profissionais.
As mulheres só se saíram melhor do que os homens em termos salariais nas áreas de academia e esportes, comunicação social e produção de eventos. Em compensação, os homens chegam a ganhar 116,4% a mais do que elas na área de idiomas e cursos vestibulares, por exemplo. A média salarial deles nesta carreira é de R$ 4.271,95, enquanto as mulheres recebem em média apenas R$ 1.973,69. Outro setor em que a diferença salarial é alarmante é o de seguros, em que a diferença chega a ser de 97,7% entre homens e mulheres – com vantagem para eles, obviamente.

Além disso, em todos os oito cargos analisados as mulheres ganhavam em média menos do que os homens. Foram avaliados níveis hierárquicos como estagiários, gerentes e consultores – esta última apresentando a maior diferença, com os homens ganhando 62,5% a mais do que as colegas do sexo feminino.
Em geral, as diferenças salariais eram menores em cargos iniciais. Para assistente e auxiliar, por exemplo, a lacuna constatada foi de 9%. Mesmo assim, os homens ganhavam mais em todos os níveis hierárquicos pesquisados: trainee e estagiário (16,4%), analista (20,4%), supervisor e encarregado (28,1%), coordenação, gerência e diretoria (46,7%), especialista técnico (47,3%) e especilista graduado (51,4%).

Os dados apontados pela pesquisa confirmam as informações coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam que os homens ganham em média R$ 489 a mais do que as mulheres. Enquanto o salário deles gira em torno de R$ 2.251, elas recebem R$ 1.762.