Inspiração

Procedimento inovador pode devolver prazer sexual a mulheres que sofreram mutilação genital

13 • 03 • 2017 às 07:04 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Estima-se que haja no mundo 200 milhões de mulheres que passaram por mutilação genital. Geralmente quem conduz a prática são os familiares, durante a infância até a adolescência, com o objetivo de “encorajar a fidelidade”. Em outras palavras, remove-se os órgãos responsáveis pelo prazer feminino como forma de controle sexual.

A mutilação é considerada pela Organização Mundial da Saúde uma violação dos direitos humanos, mas segue tradicional em lugares como partes da África, Oriente Médio e Ásia. A prática pode causar problemas emocionais, além de dores pelo resto da vida, cistos e infecções.

Um procedimento inovador desenvolvido por Ivona Percec, cirurgiã plástica do hospital Penn Medicine, na Pensilvânia, EUA, vem sendo testado, com sucesso, para reconstruir os órgãos sexuais de mulheres que passaram pela mutilação e possibilitar que elas sintam prazer ao praticar o sexo.

Pacientes do hospital consultaram a médica sobre a possibilidade de passar por cirurgia para que suas genitálias ficassem parecidas com as de mulheres que nunca passaram pela mutilação. Após pesquisar e não encontrar nenhuma referência, Percec usou seu conhecimento em outras técnicas de reconstrução para criar o procedimento.

A cirurgiã descreve a operação como simples: ela separa os lábios maiores da vagina, que costumam estar unidos por uma cicatriz, e faz pontos para que eles não voltem a se unir. O clitóris, ou o que restou dele, é deixado em contato com o exterior para que possa voltar a produzir mucosa, o que permite o prazer ao ser tocado em vez de dor.

A Dra. Percec fez o procedimento em três pacientes, todas cidadãs de Serra Leoa que emigraram para os Estados Unidos há pouco tempo, e, após acompanha-las por um ano, descreve o processo como bem sucedido: as três diziam sentir dor ao fazer sexo, e agora têm prazer, além de não sentir mais vergonha ao se relacionar com os companheiros.

Todas as imagens: Reprodução

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