Hypeness
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por: Gabriela Alberti
Na noite de ontem, o médico Marcos Harter, de 37 anos, foi expulso do programa Big Brother Brasil após ser acusado de agredir outra participante, a jovem Emily Araújo, de 20 anos. O fato aconteceu ao vivo, no horário nobre da TV Globo, e chamou bastante atenção do público, que aguardava por esse momento desde o último domingo, quando a violência aconteceu.
Após a produção do BBB ser procurada por Viviane da Costa, delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá, foi realizado um exame de corpo e delito na jovem, e constatado que ela havia sim sofrido violência, ao contrário do que o programa havia anunciado na noite anterior.
Quando o apresentador Tiago Leifert fez o anúncio para Emily e para as outras duas participantes que ainda estão no programa, a jovem ficou sem entender num primeiro momento, chegando até a dizer que não fazia sentido a expulsão do médico.
A situação ilustrou muito bem o que acontece na maioria dos relacionamentos abusivos, quando a vítima acredita que nada demais está acontecendo e que, muitas vezes, e até mesmo culpada pela situação. “Talvez você não estivesse enxergando que precisava de ajuda”, comentou Vivian, outra participante do BBB.
E durante o programa, a hashtag #EuViviUmRelacionamentoAbusivo ganhou força no Twitter, acompanhada de várias histórias de abusos. São inúmeros relatos de garotas que passaram por histórias parecidas com a de Emily, e os desabafos vão desde abusos psicológicos chegando até a graves ameaças e agressões físicas.
“Te bateu? Vc deve ter provocado. Ele não faz essas coisas”
É incrível como as pessoas culpam a vítima…#EuViviUmRelacionamentoAbusivo— Ariel Love Only (@_ArielSant) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo não podia ter uma rede social, e ele (não sei como) tinha a senha dos faces dos meus amigos.
— Bruna Marques (@unicorniambe) 11 de abril de 2017
Eu só te agredi, pq eu imaginei que vc pudesse me trair #EuViviUmRelacionamentoAbusivo
— Cybele (@CybelePereira05) 11 de abril de 2017
Infelizmente, você nunca percebe que está em um relacionamento abusivo.. até se livrar dele! #EuViviUmRelacionamentoAbusivo
— gabs (@gaabimagrini) 11 de abril de 2017
“a culpa é sua”
“você tem sorte por eu te querer”
“você está louca”
“você não vai com essa roupa”
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo— lua (@prfvrlua) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo cheguei ao ponto de me desculpar por medo de perdê-lo. Acreditava no famoso: “dessa vez vai ser diferente”.
— Paiva (@alinepaivaap_) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo e até meu dinheiro queria controlar
— Amy Maria (@trashreal) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo
Se as pessoas acham tudo isso,é porque você expõe demais.
Eu vou melhorar
Eu não te iludi
Deu a louca em você— Ana Paula Gomes (@AnaPaula_Goomes) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo e ele me fazia sentir culpada sempre que conquistava alguma coisa a frente dele
— HEY JUDE (@LyHood) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo gritava comigo no meio dá parada de ônibus (ninguém fazia nada)
— Bruna Marques (@unicorniambe) 11 de abril de 2017
“Eu não era assim…olha no que vc me transformou!” – fala dele logo após te gritar e ofender vc#EuViviUmRelacionamentoAbusivo
— Dany-se (@danyalmenara) 11 de abril de 2017
Fui isolada,deixei estudos,emprego pq ele me fez acreditar q eu não era capaz sorte a minha ele não me deixar #EuViviUmRelacionamentoAbusivo
— Jéca guei (@jayessye) 11 de abril de 2017
Começou com discussões diárias e terminou com tapas, empurrões e gritos de “quero te matar” #EuViviUmRelacionamentoAbusivo e não me orgulho
— carol romano (@carolromanno) 11 de abril de 2017
“Ah mas ele nunca te bateu” Existem palavras/atitudes que doem mais do que um tapa #EuViviUmRelacionamentoAbusivo
— A Pisciana (@penelopelimma) 11 de abril de 2017
#EuViviUmRelacionamentoAbusivo “você sabe que ninguém vai te querer mais né?”
— babs (@fckbabss) 11 de abril de 2017
Como você pode perceber, a violência não é só física, ela se manifesta de diversas outras maneiras. Veja esta imagem compartilhada por inúmeros usuários ontem no Instagram:
Se você precisa de ajuda, ou conhece alguma mulher que esteja sofrendo algum tipo de violência, veja abaixo algumas maneiras de denunciar.
– Disk 180: Serviço telefônico nacional e gratuito, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana;
– Clique 180: Aplicativo disponível para IOS e Android;
– Disk 190: Caso haja alguma emergência;
– Delegacias da Mulher: Procure a DEAM da sua cidade. Caso ela não funcione 24 horas, você pode registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia normal e depois transferir para a DEAM.
– Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência: Caso você não se sinta segura ou à vontade para procurar a polícia, procure o Centro de Referência de Atendimento às Mulheres da sua cidade. Lá, é possível encontrar acompanhamento psicossocial, acolhimento e orientação jurídica.
– Serviços de Saúde Especializados no Atendimento à Mulheres em Situação de Violência: Algumas cidades possuem centros com equipes multidisciplinares (psicóloga/os, assistentes sociais, enfermeiras/os e médicas/os) capacitados para atender os casos de violência doméstica e violência sexual.
– Defensoria Pública: Caso você precise de um advogado mas não possua recursos para contratar um.
– Promotorias Especializadas: O papel da promotoria especializada é solicitar que a polícia civil inicie ou dê prosseguimento às investigações, solicitar ao juiz a concessão de medidas protetivas de urgência nos casos de violência contra a mulher e mover ação penal pública.
– Site da Secretaria de Políticas para as Mulheres: Aqui você você encontra os endereços de todas as delegacias e demais serviços (para entrar, clique aqui).
Todas as imagens © Reprodução Twitter/Instagram
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