Com pouco dinheiro e muito talento, ele criou um microscópio de papel que detecta malária e pode salvar vidas

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Para o professor de bioengenharia e inventor indiano Manu Prakash, a tecnologia não pode ser privilégio daqueles que têm mais dinheiro. É por isso que ele cunhou o termo “Ciência Frugal” para definir criações baratas e capazes de reproduzir os efeitos de equipamentos valiosos.

Sua principal invenção é o Foldscope, um microscópio feito basicamente de papel, dobrável e resistente à água. A inspiração veio durante pesquisas de campo ao redor do mundo em que Prakash percebeu que era comum encontrar microscópios quebrados em laboratórios de lugares pobres (isso quando o problema não era simplesmente a falta do equipamento).

A lente e a bateria do Foldscope são integradas ao papelão, e há cortes e dobraduras para tornar a montagem o mais fácil possível. A versão de baixa resolução custa 50 centavos de dólar pra ser produzida, e a de alta resolução, que pode ampliar as análises 2100 vezes, custa apenas US$1.

No TED Talks, Manu Prakash explicou mais sobre o funcionamento e a inspiração por trás do invento. Com ele, é possível identificar várias doenças, inclusive a malária, que causa um milhão de mortes por ano no mundo. Basta aplicar um corante no sangue a ser analisado e observar pela lente do microscópio dobrável.

Além do Foldscope, Prakash também criou uma centrífuga de papel baseada num brinquedo, que não requer eletricidade para funcionar e custa apenas 20 centavos de dólar, e uma espécie de minilaboratório para misturar reagentes químicos também sem eletricidade, e cujo custo de produção não passa dos US$5.

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Todas as imagens: Reprodução/TED Talks